O ex-senador Gilvam Borges (PMDB) não é mais o secretário extraordinário da representação do Amapá em Brasília. Ele entregou o cargo na manhã desta terça-feira, 13, durante um encontro reservado com o governador Waldez Góes (PDT). Os dois conversaram no Palácio do Setentrião, e Gilvam saiu da reunião decidido a se manter fora do governo.
“Desde o início ele havia avisado que ficaria neste cargo durante apenas 8 ou 10 meses para organizar a representação em Brasília. Te confesso que ainda não conversou comigo hoje, mas ele já vinha dizendo que a missão foi cumprida”, comentou o irmão, Geovani Borges.
Outro possível motivo para a saída de Gilvam, que é presidente do Diretório Estadual do PMDB, seria a necessidade de focar nas eleições municipais do ano que vem. A legenda pretende lançar candidaturas majoritárias nas cidades de Macapá, Santana, Mazagão, Laranjal do Jari, Vitória do Jari, Itaubal e Ferreira Gomes.
“O Gilvam vai retornar por causa das eleições municipais pra dar uma atenção maior na militância, organizar os diretórios e todo o processo”, acrescentou Geovani.
Aliados tentam jogar água na fogueira da aparente crise, mas comenta-se nos bastidores que a razão mais forte seria o não cumprimento de acordos por parte do governador Waldez Góes, principalmente por causa de espaços em órgãos mais estratégicos do Estado, como a Saúde e a Comunicação Social.
Gilvam Borges foi nomeado secretário em Brasília no início do governo, depois de perder a corrida pelo Senado para o então deputado federal Davi Alcolumbre (DEM).
Por enquanto, apenas Gilvam sai do governo. O PMDB continua no comando das secretarias de Infraestrutura (Seinf) e Cultura (Secult).