A Missa dos Quilombos, que será celebrada nesta sexta-feira, 20, Dia da Consciência Negra, é um dos pontos altos da programação que acontece no Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA) esta semana. O evento, que será às 19h, reúne religiosos dos cultos afros e católicos, representando as tradições culturais do batuque e do marabaixo.
Como acontece todos os anos, a Missa dos Quilombos também abre o Encontro dos Tambores, quando 47 comunidades e grupos tradicionais realizam apresentações culturais.
A missa é um momento ímpar, reunindo no mesmo palco, padre, pais e mães de santo, líderes afrodescendentes e quilombolas, que comandam o ritual onde as orações e cânticos falam de liberdade, fé e de temas voltados para a luta dos negros, e são acompanhadas pelo som de cordas e percussão, com ritmos dançantes, das culturas religiosas católicas e de raízes africanas.
Bandeiras das comunidades tradicionais do Amapá, imagens de santos católicos, e de entidades da umbanda e candomblé, também se misturam no palco e na plateia. No momento da oferenda, frutas e pipocas, trazidas no início da missa por trabalhadores do campo e filhos de santo, são distribuídas para o público, simbolizando a fertilidade, fartura e partilha. O banho de cheiro é outro momento especial, onde a mistura de ervas, flores e incensos deixam o ar perfumado.
Após a celebração da Missa dos Quilombos, inicia a apresentação das 50 comunidades tradicionais do Amapá, que levam para o anfiteatro do Centro de Cultura Negra, o marabaixo, batuque, zimba, sairé e tambor de crioula. Até do dia 23 de novembro, durante 30 minutos elas se apresentam com roupas características, levando bandeiras ao som de tambores, ladrões de marabaixo ou bandalho de batuques.