Preso por atirar: Ex-deputado federal diz que PMs não agiam como policiais

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O ex-deputado federal do Amapá, Badú Picanço, preso no último fim de semana por atirar em uma equipe do serviço reservado da Polícia Militar, disse que os PMs não estavam agindo como policiais, e que atirou para defender a integridade da família e amigos.

Badú Picanço alegou que foi vítima de inúmeros assaltos em sua propriedade. O primeiro caso teria ocorrido em 2002, e os bandidos agiram com bastante violência.

“Tive a minha casa invadida e minha filha amada ficou com uma arma apontada em sua cabeça por mais de duas horas e a mãe dela com outra arma na boca”, lembrou.

Na madrugada do último sábado, 14, Badú recebia amigos em seu sítio próximo ao Loteamento Amazonas, na Zona Norte de Macapá, quando percebeu a aproximação de um carro com quatro homens dentro. O veículo não estava caracterizado. Os ocupantes eram policiais do serviço de inteligência da PM, e disseram no boletim de ocorrência que foram surpreendidos por disparos de arma de fogo que vinham de uma picape. Um dos tiros acertou o porta-malas do veículo.

Os policiais chamaram uma viatura do BRPM que abordou a picape do ex-deputado prendendo ele e outra pessoa com uma espingarda calibre 12. No boletim de ocorrência, os policiais disseram que Badú não soube explicar a procedência da arma. Badú se defende afirmando que a arma é registrada e que atirou de dentro de sua propriedade.

“Eu estava no meu sítio com amigos e familiares, e apareceu um carro suspeito. Não se identificaram e não fizeram o procedimento legal de um policial”, disse ele.

“Imediatamente peguei uma arma e atirei próximo ao carro no sentido de intimidá-los e defender a integridade física da família e amigos”, acrescentou.

Badú pagou finança e foi liberado, mas vai responder criminalmente por ter atirado contra os policiais. Disse ainda que os R$ 9 mil apreendidos com ele, além de dólares e euros eram provenientes da venda de seixo.

“Nunca maculei o nome do meu estado e da minha família. Se vcs acham normal policiais invadirem a minha propriedade num carro que pertence a um deles não posso fazer nada, pois cada um tem a vida de escolhe e isso não quero pra mim e nem para a minha família”, concluiu.

Seles Nafes
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