ANDRÉ SILVA –
A Universidade Federal do Amapá (Unifap) realizou na noite de quinta-feira, 17, a formatura dos primeiros médicos da instituição. São 24 no total. O curso foi implantado em 2010, vinte anos após a instalação da universidade. Agora, a preocupação é que esse médicos saiam do estado para se especializarem e não voltem mais.
Os novos médicos ainda são generalistas, ou seja, não têm especialização. Eles terão que passar pela chamada residência médica, onde escolhem que especialidade dentro da medicina irão atuar. Eles passaram quatro anos recebendo aulas teóricas e práticas dentro da universidade e mais dois anos em regime de internato em hospitais.
O estudo ‘Demografia Médica no Brasil’ produzido em 2013 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), apontou que o Amapá tem 0,95 médico para cada mil habitantes, à frente apenas do Pará, com 0,84 e Maranhão com 0,71. A média brasileira é de 1,8 médico para cada grupo de mil habitantes.
“Isso significa que a universidade está cumprindo seu papel junto à sociedade. Apesar das greves, as aulas deles não foram prejudicadas. É uma grande alegria para nós formamos essa primeira turma. O bom é que eles já podem consultar como clínicos gerais nos posto e hospitais”, disse a vice reitora da Unifap, Adelma Nunes Barros.
No ato da entrega dos certificados, os novos médicos já receberam o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM-AP), o que quer dizer que eles já podem trabalhar. Tudo depende dos órgãos públicos responsáveis pela saúde do Estado e dos municípios.
Adelma Barros disse que as obras do Hospital Universitário, que vai custar cerca de R$ 190 milhões, já estão em andamento. A empresa que venceu a licitação já fez estudos na área e não encontrou nenhum sítio arqueológico. O hospital vai fazer atendimentos de alta e baixa complexidade.