CÁSSIA LIMA –
Até onde um aplicativo influencia nossas vidas? E o que dizer de um serviço que mudou a forma de comunicação e a relação social entre as pessoas? Bom, você sabe que estou falando do WhatsApp. O corte do serviço mudou a vida de muita gente na noite de quarta-feira, 16, e manhã desta quinta-feira, 17.
Por volta de 12h a justiça concedeu liminar favorável às operadoras de telefonia do Brasil reestabelecendo o serviço do WhatsApp. Mas as poucas horas sem o serviço já trouxeram muitos incômodos para quem usa o aplicativo. Teve gente que achou estar de férias.
“É uma ferramenta de comunicação importantíssima na minha vida. Eu estou em um dia complicado e sem informação. Parece que eu estou de férias, desligada do mundo. Eu me sinto estranha”, relatou a jornalista Germana Duarte.
Para quem trabalha com a ferramenta no dia a dia, a manhã não foi fácil. O fotógrafo Kitt Nascimento participa de pelos menos 30 grupos no whatsApp.
“É difícil ficar sem o serviço. De vez em quando olho o celular, mas não tem nada. A expectativa é que retorne logo. Agora eu me sinto num apagão. O jeito é buscar o facebook”, frisou o fotógrafo.
Parece vício, mas é mesmo difícil ficar sem o serviço. O WhatsApp Menssenger ou zap zap, como é popularmente conhecido, é um aplicativo de multiplataforma de mensagens instantâneas que permite o envio de imagens, vídeos e áudios. A ferramenta foi criada em 2009 por Brian Acton e Jan Koum, ambos veteranos do Facebook.
“Não tem como viver sem o whats. É um tédio. Hoje foi todo mundo pro face. Mas não tem jeito, nada se compara a facilidade do whats. Estamos meio que sem assunto “, acreditam os amigos Alan, Denis e Gabriel.
Os jovens, como Herbet, Sandy e Fabi, de 16, 15 e 14 anos, foram os que mais sentiram falta do serviço. A nova geração é habituada a passar o dia trocando mensagens com amigos, familiares e namoradas ou namorados.
“Agora a gente vai pro face e manda me liga ou msg. Quando queremos marcar encontro falamos pelo whats e agora estamos incomunicáveis. Está muito chato o dia e a internet não serve sem o whats”, afirma Herbert.
Para minha surpresa na hora da foto eles preferiram tirar um selfie. Vejam aí as caras.
Para muitas pessoas a manhã foi normal. Que o diga Lielson Magalhães. Ele conseguiu baixar outro aplicativo que possibilita a utilização do whats.
“E um dia normal como qualquer outro. Assim que soube que o whats seria bloqueado fiz questão de encontrar outras formas de me comunicar. Uso para trabalho e lazer e não posso ficar sem”, comentou ele, que durante a entrevista largou o celular apenas uma vez.
A advogada Alba Berg também foi uma das pessoas que não sentiu tanta falta da ferramenta. Ela diz não ser viciada no whats e até agradece o serviço está indisponível.
“Pra mim não fez diferença e isso não afeta minha comunicação ou trabalho. Só lamento uma coisa: não poder falar com minha mãe que está na Tailândia. O resto não importa”.
Bom pessoal, o whats está funcionando normalmente, só resta saber até quando.