SELES NAFES –
A luta para continuar vivendo ficou mais complicada para os pacientes com problemas renais crônicos que precisam fazer hemodiálise no Centro de Nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá. Por causa das obras de reforma da parte elétrica do prédio, as sessões que já são exaustivas ficaram ainda mais sofridas. O motivo é o forte calor dentro da sala onde funcionam as máquinas que filtram o sangue.
Um vídeo enviado por um paciente mostra o sufoco dos pacientes no dia a dia. As centrais de ar não estão funcionando desde a semana passada. Pacientes, funcionários, todos se abanam. Pelo menos quem ainda tem forças para isso.
No fim da sessão, que costuma demorar 2h, a sensação é de uma fadiga ainda maior.
“A gente volta fraco e parece que mais cansado por causa desse calor”, revela uma paciente.
De acordo com a Sesa, as instalações elétricas do Hcal são antigas, e a cada 15 dias as centrais precisavam ser substituídas por causa das oscilações de energia que danificavam os aparelhos, um problema que não é exclusivo do Hcal.
“Na Maternidade estamos enfrentando o mesmo problema. E estávamos gastando muito com a substituição das centrais queimadas pelas oscilações do prédio. Então decidimos não substituir mais os equipamentos até que as novas instalações estejam prontas”, adiantou a secretária de Saúde do Amapá, Renilda Costa.
A secretária acrescentou que a parte elétrica da Nefrologia recebeu prioridade por causa do sofrimento dos pacientes, e o lugar ainda vai ganhar um novo grupo gerador de energia para manter o prédio funcionando quando houver interrupção no fornecimento da CEA.
As obras na parte elétrica estão em andamento, mas só ficarão prontas em fevereiro. São parte da maior obra de reforma e ampliação já realizada no complexo hospitalar da capital. Com recursos próprios, do governo federal e do BNDES, UTIs, ambulatórios e centros cirúrgicos estão sendo reformados e ampliados, informa a Sesa.
De acordo com a secretaria, quando todas as obras forem concluídas, no segundo semestre de 2017, elas terão custado mais de R$ 33 milhões. Pelo menos no caso dos pacientes da Nefrologia, o sufoco vai continuar por mais dois meses.