CÁSSIA LIMA
A Polícia Civil do Amapá diz que todas as provas do assassinato do motoboy Elqui do Vale Nascimento, de 24 anos, apontam para um único suspeito, Anderson Dimitri Barros Ferreira, de 30 anos. De acordo com relatos de testemunhas, no dia do crime, ele foi visto sujo de sangue usando a moto e o celular da vítima. A família espera justiça no caso.
Elqui do Vale saiu de casa para entregar currículos no dia 19. À noite foi para uma festa e depois na orla da cidade conheceu o assassino. No dia seguinte, sua mãe lhe ligou pedindo que voltasse para casa. Ele respondeu que estava tudo bem e que logo chegaria em casa. Esse foi o último contato com a mãe.
“Até o dia anterior do crime, vítima e assassino não se conheciam e talvez nunca tivessem se visto. Elqui saiu da orla com Anderson na moto e depois disso sumiu. Ainda não sabemos se ele foi morto para roubar o veículo ou celular, mas as provas que a gente colheu não deixam qualquer dúvida, o Anderson é o assassino”, enfatizou o delegado Anderson Costa, que investiga o caso pela Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP).
O corpo do motoboy foi encontrado com sinais de estrangulamento em um ramal próximo da Rodovia Norte-Sul, na Zona Norte de Macapá, no dia 24 de novembro. Ele tinha uma corda de nylon enrolada no pescoço, estava sem uma aliança e a moto desapareceu.
“A gente queria que ele assumisse a autoria do crime já que tudo aponta para ele, mas como ele não vai fazer isso queremos que a justiça cumpra seu papel. Todas as testemunhas deram a característica dele, não existe outro acusado”, destacou a irmã de Elqui, Jaqueline do Vale.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Anderson Mitri na última quarta-feira, 13. Apesar de negar a autoria do crime, ele foi preso no município de Ferreira Gomes, a 135 quilômetros de Macapá e já está no Iapen.
A polícia ainda procura pela moto da vítima, que é uma Honda vermelha, placa NFA-5395. O inquérito será encaminhado agora para o Ministério Público.