HUMBERTO BAÍA, DE OIAPOQUE
Depois de muita controvérsia sobre iria ou não ter festa de réveillon na orla de Oiapoque, como já e tradição na cidade, na última hora a prefeitura decidiu realizar o evento.
Assim como no restante do Amapá, a prefeitura de Oiapoque se queixa da queda nas parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prefeito de Oiapoque, Miguel do Posto (PDT), preferiu garantir o salário dos servidores, mas liberou recurso que deu para custear o sistema de som e montagem do palco de shows para a festa da virada.
A animação no palco ficou a cargo de DJs e bandas locais. A queima de fogos também foi bem reduzida. Com criatividade e vontade de fazer a festa, funcionários das secretarias de Turismo, Cultura e Obras já estavam desde as primeiras horas de ontem trabalhando na decoração do palco.
Na orla da cidade, muitas picapes foram colocadas à disposição de quem chegava de Caiena (Guiana Francesa) e queria viajar para Macapá. Uma passagem chegou a custar R$ 250.
Para o presidente da Câmara do Comércio de Oiapoque, Isaac Silva, as vendas este ano caíram 40% em relação ao ano passado. A primeira parcela do 13° salário dos servidores do município atrasou.
Além disso, sábado seguinte ao Natal, alguns bancos ficaram sem dinheiro nos caixas eletrônicos, e sem telefone e internet foi ainda mais difícil efetuar as vendas.
Na noite anterior ao réveillon, Oiapoque ficou no escuro por pelo menos 30 minutos.
Hoje, dia primeiro, de novo a Caixa Econômica em Oiapoque estava sem dinheiro nos caixas eletrônicos.
No Ciosp não foi registrada nenhuma ocorrência grave. Uma guarnição do Bope está em Oiapoque para ajudar no policiamento da cidade.