ANDRÉ SILVA
A falha na entrega de vacinas tem causado transtornos para muitos pais e para a campanha contra a hepatite B que ocorre em todo o país. Além da falta da vacina contra hepatite, outras vacinas também não são encontradas causando atraso no esquema vacinal das crianças.
Segundo a chefe de imunização de Macapá, Jorsette Cantuária, a falta de algumas vacinas nos postos também pode estar associada a falhas no planejamento das equipes das UBSs.
“Eles precisam passar o nome das vacinas com antecedência para que a distribuição seja providenciada”, disse Cantuária.
A dona de casa Margarete Carvalho tenta há três meses vacinar o filho de seis meses, mas todas as vezes que vai ao posto sempre esta faltando um tipo de vacina.
“Era pra ele ter feito a rotavírus há três meses, mas fui ao posto de saúde Marcelo Cândia e disseram que a vacina estava em falta. Voltei mais duas vezes e desisti. Agora vim novamente e nada. Me informaram que não tem a pneumocócica, que meu filho precisa tomar para poder fazer a rotavirus. Disseram pra eu voltar na segunda ou terça-feira”, disse a dona de casa muito irritada.
Quanto à vacina contra hepatite B, a gestora disse que esse problema é em nível nacional e permanece há várias semanas.
“Infelizmente estamos regrado as doses que temos e administrando apenas em casos mais graves. Alguns bebês estão saindo da maternidade sem a vacina e estão sendo encaminhados para as unidades de saúde. Segundo a Agência Nacional em Vigilância Sanitária dentro de um mês esse problema será resolvido”, disse.
Na caderneta de vacinação distribuída pelo Ministério da Saúde, a orientação é que a criança seja vacinada contra a hepatite B junto com a vacina BCG, logo ao nascer. A vacina é administrada em três doses. Algumas empresas ao admitirem novos funcionários pedem a carteira de vacinação atualizada, e a falta de vacina força esses candidatos a procurar a rede particular.
A hepatite B é uma doença transmitida por vírus e que causa irritação e inflamação do fígado.