SELES NAFES
Um dos nomes naturais para disputar as eleições deste ano disse que está fora do páreo. O deputado federal Roberto Góes (PDT), ex-prefeito de Macapá, garantiu nesta terça-feira, 19, que não pretende mais se candidatar à prefeitura de Macapá, cadeira que ele ocupou entre os anos de 2009 e 2012. Góes deve apoiar o nome que será escolhido pelo PDT com aval da principal liderança da legenda, o governador Waldez Góes.
Roberto Góes foi o campeão de votos entre os candidatos a deputado federal em 2014. Foi clicado na urna eletrônica por quase 23 mil eleitores. Essa condição o recolou na condição de protagonista do cenário político do Amapá depois da derrota no segundo turno da eleição municipal para o atual prefeito de Macapá, Clécio Luiz (PSOL), em 2012. A diferença entre os dois foi de pouco mais de 1,6 mil votos na contagem final.
Aos 49 anos, o parlamentar já foi vereador em Macapá, teve quatro mandatos como deputado estadual e um como prefeito da capital. Até o ano passado era obviamente visto como pré-candidato, mas outras variáveis passaram a figurar nessa equação.
A primeira foi o ex-senador Gilvam Borges, que saiu do governo afirmando que precisa reposicionar o PMDB e preparar a legenda para ter candidato próprio, provavelmente ele próprio.
No entanto, o principal rival de Gilvam na busca pelo apoio do PDT (leia-se Waldez Góes) é Jorge Amanajás (PSD), que desde que deixou de ser presidente da Assembleia Legislativa, em 2010, vem tentando cargos majoritários sem sucesso. Só que desta vez a situação é outra. Ele faz parte da cúpula do governo e acaba de assumir a direção da secretaria com maior volume de obras e recursos do Amapá, a Secretaria de Transportes (Setrap).
Além dos dois ainda existe a terceira variável que é o ex-prefeito de Macapá por dois mandatos (e atual vereador) João Henrique Pimentel, que migrou do PR para o PDT no apagar das luzes de 2015.
“Existe um pré-acordo que o governador assumiu e existem vários nomes que serão avaliados como o Jorge, o João Henrique e o senador Gilvam, já que o PMDB sempre foi aliado de primeira hora do PDT”, lembra o deputado federal.
“Já dei minha contribuição. Motivação pessoal eu não tenho para concorrer. Meu foco agora é aqui no Congresso e a bancada está muito unida e motivada, ainda mais agora que o senador Davi (DEM) assumiu a liderança e é muito experiente por ter cumprido três mandatos como deputado federal e agora como senador”, ponderou Góes, que hoje trabalha nas comissões de Esporte e Indústria e Comércio. Ele também está na CPI dos Fundos de Pensão.
No ano passado, Roberto Góes e os outros sete deputados conseguiram liberar R$ 5 milhões para a rede pública de saúde do Amapá e a expectativa é de conseguir mais R$ 14 milhões este ano, que não houver contingenciamento.