SELES NAFES
O presidente estadual do PPS no Amapá, o vice-prefeito de Macapá, Alan Sales, é considerado um dos nomes de maior capacidade de diálogo e carisma do atual quadro político. Tem conversado incessantemente com todos os partidos, pelo menos com os que chamam para conversar, o que inclui o PSB, do ex-governador Camilo Capiberibe, com quem tem nítida afinidade política e pessoal. E apesar de achar que poderia ter um espaço maior na gestão municipal, Alan Sales deve apoiar a reeleição do prefeito Clécio Luiz (sem partido).
No início do governo de Clécio, há pouco mais de 3 anos, Alan Sales estava entusiasmado com a possibilidade de ampliação dos serviços municipais. Ele defende a municipalização da iluminação pública e do saneamento básico, mas em nenhum dos casos houve avanços significativos.
“Tínhamos o projeto da companhia municipal de água e esgoto, por exemplo. Hoje vemos que aqui na capital tem bairro que não tem água o dia inteiro, só à noite. O governo federal dá incentivos e verba pra construir poços artesianos, já que a Caesa não dá essa resposta. O mesmo ocorreria com a empresa de iluminação. Penso que nós poderíamos ter recebido um espaço maior dentro da gestão para conduzir esses projetos”, avalia.
Sobre as conversas com outros partidos, Alan Sales lembrou que a eleição deste ano ocorrerá em todos os municípios, e cita Santana como lugar onde a articulação política está bem adiantada. O ex-deputado Zé Roberto, por exemplo, está saindo do PSB para assinar no PPS. É pré-candidato a prefeito.
“A prioridade de um pai é o filho, mesmo assim vamos conversar com o Rosemiro (Rocha, pai do prefeito Robson Rocha). Quem sabe ele possa avaliar outros caminhos”, adiantou.
O presidente do PPS tem conversado com o PP, o PDT e com Camilo e o senador João Capiberibe, mesmo sabendo que o PSB tem seus próprios planos. O partido praticamente decidiu que o engenheiro Ruy Smith (ex-deputado estadual e ex-presidente da Caesa) será o pré-candidato à prefeitura, e sabe que por isso o PSB não embarcaria num projeto pela reeleição de Clécio, que ele considera ser a opção natural a apoiar.