Em julho de 2014, a equipe do Site SelesNafes.Com embarcou para uma aventura em Afuá, onde é realizado o tradicional Festival do Camarão. Neste ano teve maratona de 8 horas de atrações que incluíram o show da Banda Calypso. O público se recusava a encerrar a diversão. Muitos amanheceram sem se entregar ao cansaço.
A principal festa da chamada “Veneza Marajoara” acontece há 32 anos. A cidade tem cerca de 40 mil habitantes é muito peculiar. As ruas são passarelas, muitas delas em concreto armado e largas, o que possibilita o grande trânsito de bicicletas e das famosas “bicitáxis”, bicicletas adaptadas com quatro rodas e equivalem aos carros de passeio. Em Afuá, toda família de melhor poder aquisitivo, possui uma na “garagem”. Algumas possuem até aparelhos de som e DVD e também podem ser alugadas por visitantes.
O Festival do Camarão começou na última quinta-feira, 24, com dezenas de atrações. Jerry Adriany, Banda Calypso, Nilson Chaves, Marco Monteiro, Leila Pinheiro e Gabi Amarantos engrossam a lista de shows deste ano, que também conta com artistas do Amapá com a banda Yes Banana.
Mas na programação de Afuá, o ponto alto é o encontro entre os camarões “Convencido” e “Pavulagem”, uma recriação da batalha de Botos de Santarém (PA) e dos bois em Parintins (AM). Há também apresentações de grupos folclóricos na quadra da cidade, o local onde todos os eventos acontecem, na orla da cidade.
A proximidade de Macapá, mais do que Belém (14 horas de barco enquanto para a capital do Amapá são 6 horas), faz com que o macapaense tenha uma ligação quase de raiz com a Veneza Marajoara. “As pessoas são agradáveis, a cidade é organizada, bem limpinha, sem falar da festa”, explica o mecânico Paulo Magno, que participa da festa todos os anos com amigos.
Quem chega a Afuá pela primeira vez se surpreende com a organização da cidade, que apesar de ter sido construída sobre palafitas, é bonita e muito agradável. “Fiquei surpreso. Aqui a gente vê que a cidade pode ser limpinha, coisa que lá em Macapá não funciona”, comentou o professor Ítalo Balieiro, que este ano decidiu conhecer o município na companhia do amigo Uelton Souza, operador de processos de indústria.
De dia, Afuá é supertranquilo, mesmo no festival. “É diferente de uma festa em Macapá, mas aqui é muito lindo, perto da natureza”, disse Claudinete ao lado do esposa Paulo Magno. A festa é considerada segura. “Dá pra trazer a família”, diz o funcionário público Lucicleudo dos Santos.
Afuá tem pelo menos 10 pequenos hotéis, além de pousadas. Tudo fica lotado. Sem reserva, o turista se arrisca a ter que dormir em barcos ou então pagar R$ 300 (diária) por um quarto onde só cabem uma cama e um ventilador. A boa notícia é que as pessoas são muito receptivas e dispostas a ajudar com informações e até hospedagem. Gente como a professora Narrinha, que também trabalha com doces e hospedou gentilmente a nossa equipe.
A estimativa de público para o festival deste ano é de 80 mil pessoas nos quatro dias do evento que termina domingo. Só os donos de embarcações venderam 16 mil passagens na capital do Amapá.