EDSON CARDOZO
Os deputados que foram citados pelo advogado do presidente afastado da Assembleia Legislativa Moisés Sousa (PSC) em entrevista coletiva concedida na segunda-feira, 4, divulgaram nota classificando o episódio como declarações “ofensivas, mentirosas e fruto de uma manobra frustrada em tentar ganhar a opinião pública”.
Durante a coletiva, o advogado Inocêncio Mártires disse que trata-se de uma disputa política que diz respeito aos interesses não só políticos, mas pessoais por parte de alguns parlamentares. Mártires citou os deputados Pedro da Lua (PMB), Kaká Barbosa (PT do B), Edna Auzier (Pros), Jaci Amanajás (Pros) e Roseli Matos (DEM), que teriam interesses contrariados e por isso planejaram o afastamento de Moisés.
De acordo com a nota, os deputados não vão se manifestar. A Casa de Leis não reconhece o advogado como preposto ou porta-voz do parlamentar afastado. A atuação do advogado se limita a defesa do parlamentar na esfera judicial, onde todas as tentativas de retornar à presidência se mostraram frustradas”, conclui a nota.
Segundo o advogado, o afastamento de Moisés Sousa fere todas as normas constitucionais, e que um pedido de retorno do deputado à presidência já foi enviado ao Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), e que aguarda passar o período de recesso para que ele seja julgado.
Os deputados listados por Mártires não confirmaram, mas deixaram transparecer em um trecho da nota, que vão acionar a Justiça sobre as declarações do advogado.