Funcionários de terceirizadas se juntam a grevistas

Funcionários de 3 empresas se queixam de 6 meses de salários atrasados; 2 meses são da gestão anterior
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CÁSSIA LIMA

A greve dos servidores da saúde ganhou força na manhã desta segunda-feira, 15, com a adesão dos funcionários das empresas Bernacom, Executiva e Alfa. As três são prestadoras de serviços da rede hospitalar. Segundo o Sindicato dos Servidores de Asseio e Conservação do Amapá, esses profissionais estão com 6 meses de salários atrasados, sendo que 2 meses são dívidas ainda de 2014.

“Não conseguimos diálogo nenhum e não podemos mais ficar assim. Só de vale alimentação temos 8 meses em atraso. Hoje estamos cumprindo prazo legal para deflagrar greve, mas já  adiantamos que vamos parar”, destacou o presidente do Sindicato, Júnior Leitão, deixando claro que o movimento desta segunda-feira foi apenas uma paralisação de advertência.

Funcionários de 3 empresas se juntaram às manifestações

Funcionários de 3 empresas se juntaram às manifestações

Os servidores da saúde, neste caso técnicos, auxiliares e enfermeiros, iniciaram greve no dia 8 de fevereiro pelo atraso no pagamento da primeira parcela do valor retroativo de uma gratificação. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que não havia recursos para o pagamento.

No dia 12 de fevereiro, o movimento ganhou a adesão dos vigilantes que também alegavam estar há 4 meses sem receber os salários, além de adicional noturno e 13° salário.

Grevista dentro da Sesa buscam informações. Fotos: Cássia Lima

Grevista dentro da Sesa buscam informações. Fotos: Cássia Lima

“Ainda querem nos obrigar a trabalhar. Não, desse jeito, não. Não queremos prejudicar a população, mas trabalhar sem receber não dá”, enfatizou uma servidora que não quis se identificar.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), Ismael Cardoso, há outras pautas a serem cumpridas.

Ismael Cardoso, do Sindsaúde: retroativo é só uma pauta

Ismael Cardoso, do Sindsaúde: retroativo é só uma pauta

“O retroativo é um ponto de pauta. O governo não honrou nossas condições de trabalho, pagamento de progressão, adicional noturno, plantão extra e ainda a falta de medicamento e condições insalubres. Não adianta reclamar da crise se o próprio Estado não dá exemplo cortando gastos”, frisou o presidente.

A Secretaria de Saúde informou que o orçamento este ano já está aberto e um processo de análise tentará viabilizar o pagamento do retroativo dos servidores, mas uma data só será anunciada quando a secretária Renilda Costa voltar de viagem. Não foi informado quando ela voltará. 

O Ministério Público Estadual anunciou uma reunião entre os grevistas e a secretaria no próximo dia 19.

Seles Nafes
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