DA REDAÇÃO
O delegado da Polícia Civil do Amapá, Celso Pacheco, da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), fez um alerta nesta terça-feira, 23, dirigido ao poder público e à própria população sobre a parte inacabada da Rodovia Norte-Sul. Nos últimos 15 dias ocorreram 4 latrocínios no local, e no ano passado vários assassinatos também foram registrados.
O caso mais recente, no último dia 19, foi o assassinato do vigilante Francisco Elson Souza Nunes, de 52 anos, e de Joabi Ferreira das Neves, de 26 anos. Eles foram vítimas de assalto. Até o momento quatro adolescentes são apontados como autores do crimes, mas eles podem não ser os únicos responsáveis.
“Outras pessoas estão sendo ouvidas”, revelou o Pacheco.
Entre os casos de maior repercussão no ano passado está o de uma enfermeira. No dia 22 de outubro, Lidiane Gurjão Mamede da Trindade, de 32 anos, foi assassinada também durante um assalto. O marido dela dirigia o carro e, mesmo à noite, usava o trecho inacabado da Norte-Sul, onde existe um grande matagal, para chegar mais rápido à Zona Norte.
Outro caso de grande repercussão ocorreu em novembro e a vítima foi um motoboy de apenas 24 anos. A procura por Elqui do Vale Nascimento, que estava desaparecido, mobilizou muita gente das redes sociais durante quase uma semana, mas as buscas terminaram no dia 25 de novembro também no trecho de mata da Rodovia Norte-Sul. A polícia acredita que ele foi vítima de assalto. A moto de Elqui nunca foi localizada.
No último caso, dia 19 deste mês, os criminosos utilizaram um cabo de aço para forçar as vítimas de moto a parar. O cabo foi encontrado a apenas 100 metros de distância do local onde os dois corpos foram encontrados. Outras pessoas foram vítimas de assalto também com a utilização do cabo de aço.
“Que as autoridades tomem alguma providência. Estão atravessando cabos para derrubar os motociclistas. Longe de todo mundo, porque é um lugar escuro e longe de tudo, é bem mais difícil de elucidar. A segurança pública não é feita apenas pela polícia”, ponderou o delegado, que também apelou para o bom senso da própria população para que evite usar o lugar como atalho, mesmo durante o dia.