“Demorou demais”, diz homem que se acorrentou pela cirurgia da esposa

A paciente morreu de complicações após a cirurgia e acabou sendo internada em Santana por falta de leito no Hcal
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ANDRÉ SILVA

A esposa do homem que se acorrentou em frente Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal) morreu nesta quarta-feira, 24, às 21 horas no Hospital de Santana, município à 17 quilômetros de Macapá. Ela teve uma parada cardiorrespiratória em decorrência de várias complicações. Segundo o marido, o professor Paulo Rogério Baía, 45 anos, a demora na cirurgia pode ter sido uma das causas que agravou o quadro de saúde dela.

Paulo se acorrentou no dia 5 de janeiro para pressionar pela cirurgia da esposa. Foto: Arquivo

Paulo se acorrentou no dia 5 de janeiro para pressionar pela cirurgia da esposa. Foto: Arquivo

Josi da Luz, tinha 36 anos e estava internada havia 22 dias no hospital de Santana por que, segundo o professor, não havia leito no Hospital de Emergência.

Quando o professor se acorrentou, no dia 4 de janeiro, a esposa já estava há 31 dias internada à espera de uma cirurgia. A pressão deu certo e a cirurgia ocorreu dois dias depois.

Capela onde ocorreu o velório. Fotos: André Silva

Capela onde ocorreu o velório. Fotos: André Silva

O problema é que após a cirurgia, ela teve algumas complicações. Segundo o marido, ela teve que passar por sessão de hemodiálise, e nesse processo outros problemas apareceram.

“Demorou demais. Se tivessem feito logo o rim da minha esposa não teria parado. Parou totalmente. Foram várias consequências. Até problema pulmonar e sangramento no intestino ocorreram”, criticou ele.

O velório aconteceu em uma capela no Bairro Santa Rita na tarde desta quinta-feira, 25. E o enterro está marcado para às 17h.

Seles Nafes
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