OAB ouve pescadores e moradores de Ferreira Gomes

Moradores relataram perda de terras e pagamentos diferenciados de indenizações
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DA REDAÇÃO

Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil passaram a quarta-feira, 17, no município de Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá, reunidos com a Colônia dos Pescadores e a Associação dos Atingidos por Barragens. Os moradores fizeram várias denúncia sobre as hidrelétricas referentes, principalmente, à mortandade de peixes e perda de terras.

A OAB mandou representantes das comissões de Direitos Humanos, Direito Ambiental, Direito Fundiário e Comissão do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, liderados pelo presidente Paulo Campelo.

 “Nossa intenção é de preservar e manter a cultura da pesca familiar que era exercida abundantemente por essas comunidades da região, é esse o foco da OAB/AP, olhar as questões ambientais, mas substancialmente prestar atenção, observar e garantir o cumprimento dos direitos dessas comunidades que estão sendo fortemente atingidas pelas atuações das hidrelétricas da região do Araguari”, destacou Campelo.

Reunião ocorreu na sede da Colônia de Pescadores. Próximas reuniões ocorrerão em outras comunidades. Fotos: Ângelo Percy

Reunião ocorreu na sede da Colônia de Pescadores. Próximas reuniões ocorrerão em outras comunidades. Fotos: Ângelo Percy

A reunião foi realizada na sede da Colônia dos Pescadores do município de Ferreira Gomes. Os moradores denunciaram discriminação nas hidrelétricas na hora de definir valores de indenizações e os episódios de mortandade de peixes foram mencionados.

 “Devida às várias denuncias legais realizadas através da imprensa contra as empresas de hidrelétricas do Estado, e em meio a isso levamos ao conhecimento da OAB/AP a situação em que as empresas se encontram e denunciamos a OAB/AP as três hidrelétricas. A população está ansiosa pelas ações das comissões da OAB/AP, eles são a ultima esperança da comunidade ferreirense para defender nossos direitos”, explicou o presidente da Associação dos Atingidos por Barragens, Moroni Guimarães.

OAB ficou de fazer novas reuniões em outras comunidades atingidas pelos impactos das hidrelétricas.

Seles Nafes
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