SELES NAFES
Uma cultura bastante difundida no restante do Brasil só agora começa a chegar ao Amapá: a cerveja artesanal. Neste fim de semana, um grupo de amigos (apreciadores fieis do produto) se reuniu em uma casa no Bairro Santa Rita para um pequeno, mas proveitoso, workshop sobre o tema. Depois de algumas horas eles já saíram sabendo fabricar cerveja.
A cerveja artesanal é fabricada com apenas quatro ingredientes básicos: água, malte, lúpulo e fermento. Como em qualquer receita, o segredo da cerveja com bom aroma e paladar depende da dosagem, tempo de cozimento e outros pequenos segredos na medida certa.
“Fiz alguns cursos em São Paulo e chamei alguns amigos para degustar as nossas cervejas. Foi pelo pedido de um dos nossos amigos que está que decidimos fazer esse pequeno workshop para compartilhar conhecimento. Já dá para sair daqui fazendo cerveja”, diz orgulhoso Igor Maneschy, coordenador do curso.
O workshop foi acompanhado por um sommelier de cerveja.
“O cervejeiro artesanal não tem como filosofia beber para encher a cara, é beber com responsabilidade, por degustação. Tem muito de alquimia nesse hobby que é viciante”, explica sorridente Andjei Remus, paulista que se tornou sommelier de cerveja pela Escola Superior de Cerveja e Malte de Blumenau (SC).
Remus mora há cinco anos no Amapá e fabrica cervejas desde 2008. Há dois anos ele decidiu retomar o hobby e encontrou muita gente que provou e aprovou a ideia.
Na verdade, Macapá é terreno fértil para esse tipo de iniciativa justamente por ser uma cidade quente e onde o consumo de cerveja é altíssimo. Faltava a cerveja artesanal entrar em cena.
O Pará está 100 anos luz nessa cultura e começa a figura no cenário mundial como produtor de cervejas artesanais à base de frutas da Amazônia. Hoje os paraenses fabricam e exportam cervejas de jambú, cupuaçu, açaí e até de chocolate.
O interesse pelo produto já motivou o grupo em Macapá a formar uma entidade, a Associação de Cerveja Artesanal do Amapá (Acerva), que já tem até uma marca. A ideia é fazer a associação promover outros cursos para introduzir a cultura cervejeira artesanal em definitivo.
“Desse meio sempre saem os empreendedores. Mas agora a nossa intenção é só trazer essa cultura que já está bem divulgada no restante do Brasil”, justifica Maneschy.
Quem quiser saber mais sobre a fabricação de cervejas artesanais e os próximos cursos pode ligar para 98117-8839 (Igor Maneschy)