VALDO SALES
Em comparação com o dia 10 de março, quando houve mais de 40 pontos de alagamentos na capital, a chuva que caiu em Macapá desde a metade da madrugada desta segunda-feira, 28, causou poucos estragos. A Defesa Civil Municipal tinha registrado apenas seis pontos de alagamentos até o fim da manhã, mas houve transtornos localizados.
Os pluviômetros da Defesa Civil de Macapá registraram 90 milímetros de chuva, quantidade considerada alta para um dia. Por sorte, a chuva ficou mais intensa quando a maré do Rio Amazonas começou a recuar, por volta das 7h, o que ajudou a impedir o transbordamento dos canais.
Em alguns locais como no fim da Rua Jovino Dinoá, no Bairro do Pacoval, os moradores entraram na água para sair de casa.
Condutores de carros e motos enfrentaram dificuldades para trafegar nas vias alagadas. Muitos veículos batiam em buracos e as placas caiam nas lagoas formadas pela chuva.
“Para muitos que já levantaram suas casas, os prejuízos são menores, agora tem famílias que continuam com os assoalhos das residências baixos e padecem com a chuva. Apesar da rua ser asfaltada, os alagamentos sempre ocorrem e os moradores estão cansados desse sofrimento”, queixou-se Fátima Brito, moradora do Pacoval.
O pastor Charles Wendel perdeu a placa do veículo ao passar na rua alagada para deixar os filhos na escola. As manobras bruscas para se livrar dos obstáculos são inevitáveis e o carro quase sempre sofre avarias.
“Temos que enfrentar os alagamentos e as conseqüências. Os prejuízos são imprevisíveis diante dessa situação. Quem mais sofre são as pessoas que moram nesses locais”, ressaltou o pastor. Várias placas que caíram dos veículos foram recuperadas por uma família.
A Defesa Civil Estadual atendeu chamadas com pedidos de assistência nos bairros Jesus de Nazaré, Nova Esperança e Perpétuo Socorro, sempre em áreas de ressaca urbanizadas. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, coronel Janary Picanço, está sendo feito um mapeamento dos pontos da cidade mais afetados pelos alagamentos.