VALDO SALES
Funcionários dos caixas escolas da Unidade Descentralizada da Execução (UDE), órgão subordinado à Secretaria de Educação do Amapá (Seed) protestaram nesta quarta-feira 23, cobrando salários atrasados. O ato começou na Praça da Bandeira e seguiu até o Palácio do Setentrião.
Os trabalhadores reivindicam os pagamentos de novembro e dezembro de 2015, e de janeiro deste ano, além de férias de 2014.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Celetistas da Educação, Antônio Barros Vasconcelos, disse que o governo sempre marca uma data para pagar os funcionários, mas não cumpre a promessa.
“A gente sabe que isso não vai acontecer porque vai acumular dívida igual como aconteceu na administração passada. Se a gente não tomar providências como trabalhador e cobrar, vamos entrar no prejuízo sem dinheiro pra arcar com os nossos compromissos”, criticou.
O sindicato alega que o governo continua contratando pessoas para a UDE. A admissão de novos funcionários, segundo Antônio Vasconcelos, quebra o acordo que o estado fez com os servidores de que as contratações só seriam retomadas pela empresa vencedora da licitação que vai absorver os trabalhadores do antigo caixa escolar.
“Nós temos carência de pessoal nas escolas, mas ao invés de apressarem a licitação pra resolver o problema, estão chamando mais gente e isso preocupa quem está na expectativa de ser mantido no emprego”, disse o sindicalista.
A assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação confirmou o pagamento dos trabalhadores para o dia dez de abril. A data, segundo a Seed, será mantida no decorrer do ano.
Ainda segundo a Seed, as demissões e admissões dos funcionários para a UDE estão suspensas até o parecer final Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Atualmente, mais de dois mil servidores compõe o quadro de pessoal da Unidade Descentralizada da Educação. No início do ano dezenas foram demitidos porque o Estado estava sendo obrigado a cumprir um acordo firmado pelo então governo Camilo Capiberibe (PSB) em 2014.
Em fevereiro, a PGE conseguiu na Justiça anular o acordo e a multa de mais de R$ 20 milhões.