DA REDAÇÃO
Servidores da prefeitura de Santana deflagraram nesta segunda-feira, 14, greve por tempo indeterminado. Entre as principais reivindicações estão reajuste salarial e a criação de um plano de cargos e carreira para funcionários da saúde e da educação. O prefeito Robson Rocha também estaria deixando de repassar aos bancos os descontos consignados nos salários.
A greve foi decidida no último dia 10. O Sindicato dos Servidores de Santana se comprometeu em garantir que 30% dos funcionários continuarão atuando nos serviços essenciais de atendimento ao público.
Além do reajuste e do plano de carreira, os servidores acusam o prefeito de não repassar os valores de empréstimos aos bancos, os chamados consignados, e as contribuições para o Instituto de Previdência de Santana (Sanprev).
“Ele vem fazendo isso desde que assumiu o mandato. Todos os meses ele repassa os consignados de apenas alguns servidores e deixa de cumprir com a obrigação de outros. O mesmo vem ocorrendo com as contribuições previdenciárias. O Ministério Público do Estado já está ciente disso”, informou o professor Jânio Holanda, da comissão de negociação do sindicato.
A prefeitura de Santana tem cerca de 2,2 mil servidores efetivos. A categoria diz que a greve foi necessária porque em nenhuma das negociações houve contrapropostas da prefeitura. Além disso, em nenhuma das rodadas houve participação do prefeito, apenas dos secretários.
Na noite desta segunda-feira, uma comissão de servidores foi até a Câmara de Vereadores para impedir que um projeto de lei enviado pela prefeitura seja votado pelos parlamentares. O projeto nivela o salário do professor de Santana ao piso nacional da categoria, que é de R$ 1,9 mil.
“O prefeito só está cumprindo com a obrigação dele. Na verdade não existe nenhum ganho real. Durante a campanha ele prometeu 100% de reajuste durante seu governo, e o que acontece hoje é uma perda de 25%”, comparou Holanda.
Nesta terça-feira, 15, os servidores farão um ato em frente ao prédio da prefeitura de Santana.