SELES NAFES
Militares do Esquadrão Falcão, da Força Aérea Brasileira (FAB), terminaram nesta segunda-feira, 21, a série de exercícios de resgate em Macapá. A capital foi escolhida por causa da distância entre o Rio Amazonas e a base de operações (o hangar do governo do Amapá), cerca de apenas 3 minutos de voo.
O esquadrão chegou ao Amapá no último dia 7 com 60 militares e dois helicópteros do modelo EC 725 Karacal, o mesmo modelo que é usado pela Presidência da República. A diferença é que o modelo presidencial é vip.
O Karacal transporta 31 pessoas, pesa 6,5 toneladas e transporta mais de duas toneladas em cargas. Dos 8 helicópteros que a FAB possui nesse modelo, apenas o que está em Macapá é capaz de ser reabastecido em pleno voo.
Além disso, a aeronave possui uma câmera capaz de filmar em alta definição num ângulo de 360 graus, e ainda possui flutuadores para casos de pouso na água.
Durante parte da missão dois helicópteros foram utilizados, mas nos últimos dias uma das aeronaves apresentou problemas mecânicos e precisou retornar para Belém, onde fica o quartel do Esquadrão Falcão.
O objetivo da missão era aperfeiçoar as técnicas de resgate em terra e água, neste caso o rio Amazonas.
“Fizemos missões diurnas e noturnas, onde o objetivo era resgatar pessoas em situações críticas. No Rio Amazonas nós usamos um boneco com a mesma altura e peso de uma pessoa de verdade”, comentou o capitão Átila, um dos pilotos da missão.
Entre os vários pilotos do esquadrão está uma mulher, a 1ª tenente Mayara, de apenas 26 anos. Ela nasceu no Rio Grande do Norte e está há 7 anos na FAB onde ingressou por processo seletivo.
“Para ser aviador, piloto, tem que fazer uma prova em uma escola de ensino médio da FAB. Só homens entram na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) A outra maneira é fazer o concurso direto na Aeronáutica, e foi o que eu fiz”, contou ela.
Na tarde desta segunda-feira o esquadrão voltou para Belém acreditando que a missão no Amapá foi bem sucedida.