ANDRÉ SILVA
Funcionários da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) fizeram um ato em frente à sede empresa em Macapá na manhã desta terça-feira, 8. Eles voltaram a se queixar de constantes atrasos no pagamento dos salários e benefícios, além da falta de equipamentos de proteção individual (EPI).
Eles também dizem que falta vigilância nas estações da companhia instaladas pelo Estado e que também passam por problemas de conservação.
“Estamos paralisando novamente por que isso já virou uma constante. Já é o terceiro mês que o pagamento atrasa. Em dezembro do ano passado, atrasou de novo junto com o décimo e alguns benefícios que estão atrasados também. A falta de segurança e de limpeza nas subestações da companhia é um problema. Na semana passada, um dos companheiros foi assaltado na estação de coleta na frente da cidade. Infelizmente a companhia não nos da nenhum retorno” queixou-se o diretor do Sindicato dos Urbanitários, Rogério Pantoja.
Ele conta que em 2014 a entidade entrou com uma ação contra a companhia pelo mesmo motivo. Na época, a companhia foi multada e em caso reincidência haveria mais multas por cada mês de atraso.
“Mês passado o argumento era que no mês anterior, o orçamento do Estado ainda não tinha sido aberto. Qual o argumento dessa vez?”, questionou sindicalista.
Ele lembrou que a companhia agora tem mais 60 novos servidores que foram aprovados no último concurso realizado no ano passado, e que estão na mesma situação. Existe ainda um descontentamento quando todos os servidores do Estado recebem, menos os da Caesa, situação que já teria virado motivo de piada.
O sindicato diz fazer um levantamento de todas as necessidades encontradas nos postos da companhia e entregar ao Ministério Público do Estado.
A Caesa informou por meio da assessoria de comunicação que o pagamento referente ao mês de fevereiro será realizado na quinta-feira dia 10. O dinheiro é oriundo da quitação das contas de usuários do serviço da companhia.
Em relação aos EPI’s, a empresa informou que o processo de licitação para a escolha da empresa que irá fornecer os materiais já está em fase de finalização. A companhia também informou que é impossível saber se os salários vão continuar atrasando, pois isso depende da arrecadação da empresa, ou seja, da quitação das contas por parte dos usuários.
Em relação à segurança dos locais onde funcionam estações da companhia, a empresa informou que não teve conhecimento dos fatos ocorridos, e disse que irá fazer o levantamento das informações para se pronunciar.