Nova espécie de perereca é descoberta no Amapá

Animal ainda não tinha sido catalogado no Brasil
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ANDRÉ SILVA

Uma nova espécie de perereca foi encontrada no Amapá por pesquisadores Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá  (Iepa). É a mesma espécie que já tinha sido vista na Guiana Francesa, e rendeu publicação em uma importante revista científica no último dia 24 de fevereiro.

O nome científico da nova espécie é hypsiboas diabólicos, e, segundo o pesquisador Jucivaldo Lima, ela foi vista pela primeira vez na Guiana Francesa por outro pesquisador que o acionou e pediu que ele e sua equipe pudessem tentar encontrar a espécie no Amapá. Após buscas pelas regiões de mata em Laranjal do Jari, Mazagão e Oiapoque, a espécie foi encontrada.

O nome foi sugerido pelo pesquisador da Guiana e quer dizer diabo vermelho, por conta da coloração das pernas do anfíbio que lembra as cores de um personagem tradicional do carnaval da Guiana Francesa (Diables Rouges) caracterizado pelo vermelho e preto.

“O Antoan, que é o pesquisador de lá da Guiana, entrou em contato com a gente e disse ter encontrado um bicho que ele achava que era novo. Aí fizemos uma viagem até o Oiapoque e colhemos umas amostras do animal e depois colhemos outras amostras no Jari e Mazagão, e descobrimos que se tratava realmente de um bicho novo”, disse o pesquisador.

Segundo Jucivaldo, a nova espécie demorou para ser conhecida por que ela é muto parecida com outra, a hypsiboas greographica.

Pesquisador Jucivaldo Lima: "sapinho" encontrado em 3 municípios. Foto: André Silva

Pesquisador Jucivaldo Lima: “sapinho” encontrado em 3 municípios. Foto: André Silva

“Chegamos a acreditar que se tratava de uma espécie já existente, então começamos a desenvolver pesquisas na estrutura do animal”, conta.

A pesquisa contou com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Califórnia e Bélgica, um intercambio muito importante para realização da pesquisa que durou cinco anos.  

Eles realizaram estudos na estrutura da perereca, quanto ao canto, girinos (quer são as larvas postas) e outros aspectos que deram a  certeza de que se tratava de uma nova espécie.

Seles Nafes
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