CÁSSIA LIMA
Policiais civis e militares realizaram na manhã desta quinta-feira, 31, um ato contra o parcelamento dos salários e a ausência de uma proposta de data-base pelo governo do Estado. O movimento foi ordeiro e chegou a bloquear totalmente a Rua Guanabara, no Bairro do Pacoval, em frente ao Ciosp, mas logo ocupou apenas um lado da via.
Os policiais compreendem que o parcelamento dos salários anunciado pelo governo é uma atitude extrema e afronta as reais condições estruturais e financeiras do Estado.
“Não fomos chamados para dialogar, simplesmente recebemos o aviso que o salário foi parcelado. Trabalhamos em condições insalubres e ainda temos que pagar por um descaso do governo. Esse ato é um grito de repúdio contrário e essa medida e queremos dialogar e construir propostas conjuntas”, sugeriu Elias Rodrigues, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Amapá (Sinpol/AP).
No Amapá existem 897 policiais civis. O ato não atrapalhou o funcionamento das delegacias do Ciosp.
“Entendemos o momento de crise financeira, mas o governo tem que dar exemplo e não é isso que vemos. Segundo o Portal da Transparência não existe bom senso do Governo porque desde 2014 os contratos administrativos aumentaram, cargos comissionados aumentaram, foram criadas novas secretarias e o governador aumentou o próprio salário. Isso não é pra ser levado a sério”, reclamou o delegado de Meio Ambiente, Sávio Pinto.
Os policiais civis farão uma assembleia nesta sexta-feira, 1º, às 9h, na sede do Sinpol, na Avenida Cora de Carvalho, Bairro Santa Rita.