CÁSSIA LIMA
A 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) irá proferir, no prazo de cinco dias, o resultado do julgamento de Anderson Dimitri Barros Ferreira, de 30 anos, acusado assassinar o motoboy Elqui do Vale Nascimento, de 24 anos, em novembro de 2015. O julgamento foi a portas fechadas.
O julgamento iniciou na manhã desta sexta-feira, 15, no Fórum Leal de Mira. A defesa ainda possui prazo para apresentar recursos. O corpo do motoboy foi encontrado com sinais de estrangulamento em um ramal próximo da Rodovia Norte-Sul, na Zona Norte de Macapá, no dia 24 de novembro passado. Ele tinha uma corda de nylon enrolada no pescoço, estava sem a aliança e a moto em que estava desapareceu.
Elqui do Vale saiu de casa para entregar currículos no dia 19 de novembro. À noite foi para uma festa e depois, na orla da cidade, conheceu o assassino. De acordo com as investigações da Polícia Civil, todas as provas apontam a autoria do crime de latrocínio para Anderson Dimitri. A polícia nunca encontrou a moto da vítima, uma Honda Titan vermelha, placa NFA-5395.
“Ele (Anderson) estava com a moto da vítima e a roupa suja de sangue, acompanhado de outro homem na garupa da motocicleta no Centro da cidade”, contou uma testemunha que preferiu não se identificar.
No julgamento desta manhã, três testemunhas foram ouvidas, outras 6 já tinham se apresentando à justiça em fevereiro. Apesar de dois acusados pela morte, apenas Anderson teve a prisão preventiva decretada em janeiro. Ele nega a autoria do crime.
“A gente queria que ele assumisse que matou, já que tudo indica que foi ele mesmo. Ele desapareceu com a moto, celular e anel do meu irmão. Se ainda existe justiça ele será condenado”, disse Michele do Vale, de 27 anos, irmã da vítima que consolava a mãe.