SELES NAFES
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) investiga se dois casos de microcefalia no Amapá estão relacionados ao vírus zika. As crianças nasceram na capital. A Sesa pediu esta semana que o governo federal ajude a conter o vírus na cidade de Oiapoque, a 600 quilômetros de Macapá, onde novos casos de zika já foram confirmados.
Os registros apareceram em um levantamento recente feito pela Sesa a pedido do Ministério da Saúde que queria investigar casos de microcefalia no país nos últimos 3 anos, data provável de entrada do vírus no Brasil.
“Não se pode dizer que esses dois casos são relacionados ao zika. Esses dois casos surgiram de um processo de investigação, e não de notificação. Temos previsão de que é possível termos casos de microcefalia relacionados ao zika só no segundo semestre. Esperamos que essa previsão não se confirme”, ponderou a secretária de Saúde do Estado, Renilda Costa, que está em Brasília.
Renilda Costa e o governador Waldez Góes estão em Brasília onde se encontraram com o ministro da Saúde, Marcelo Castro. O Amapá quer apoio do governo federal fazer um bloqueio epidemiológico na cidade de Oiapoque, onde foi confirmado o primeiro caso de zika do Amapá, a exemplo do que aconteceu com o surto de chikungunya.
A primeira paciente com zika é uma jovem de 22 anos que fez o exame na Guiana Francesa. O laudo saiu em poucos dias atestando positivo para doença. A Vigilância em Saúde reconheceu que este foi o primeiro caso de zika gerado dentro do Amapá. A jovem passa bem.
“Queremos apoio para fazer esse bloqueio, e queremos um convênio com a Guiana para que o laboratório deles receba esses exames. O prazo no Instituto Evandro Chagas (PA) para divulgar o laudo é 60 dias, em Caiena são apenas 10 dias”, justifica a secretária.
A secretaria foi informada que novos casos de zika já foram confirmados em Oiapoque, mas os laudos estão sendo feitos pela Guiana Francesa. Dentro de alguns dias o Ministério da Saúde deve receber os dados da Guiana e confirmar oficialmente novos casos de zika em Oiapoque.