ANDRÉ SILVA
A queda de um bloco de concreto da Ponte Engenheiro Sérgio Arruda, principal ligação entre a Zona Norte e o restante da capital, deixou muita gente preocupada esta semana. Apesar do risco de alguém embaixo ser atingido, a Secretaria Municipal de Obras (Semob) diz que a estrutura da ponte não corre riscos.
A ponte que foi inaugurada em 2002 na gestão do então prefeito João Henrique Pimentel (na época no PSB), e custou R$ 4 milhões de um convênio com governo federal. Tinha a promessa de ser mais um cartão postal da cidade, mas desde o início a ponte deu problemas. O acesso da Avenida Tancredo Neves com o tabuleiro da ponte precisou ser nivelado com concreto e asfalto várias vezes.
“Essa ponte nunca foi segura, mas a gente acaba usando por que não tem outra opção. Ela tem rachaduras em toda parte e quando passam vários carros ao mesmo tempo ela treme. Quem tá lá em cima sente ela tremer”, desabafa Leno Santos, de 27 anos, que diz atravessar a ponte todos os dias a pé para trabalhar.
O secretário de Obras de Macapá, Emílio Escobar, disse que o bloco que caiu não apresenta risco à estrutura por pertencer à parte de acesso da ponte.
“A ponte é dividida em três partes, uma é a ponte propriamente dita, que não tem nenhum problema, mas não custa ficar monitorando. As outras partes são os acessos à ela que são feitos com aquelas placas de concreto armado. Aquela pedra que caiu lá é apenas uma pedra dessa composição, não é estrutural, e sim uma pedra de amarração que com a trepidação dos veículos que trafegam por ela se desprendeu. Mesmo assim a queda dela acende uma luz amarela”, argumenta o secretário.
Ele lembra que a ponte já existe há 13 anos e que ela terá que passar por uma avaliação de topógrafos. Apesar do tom de tranquilidade, o secretário não descarta uma intervenção.
“O único problema que podemos ter é com os acessos da ponte, por que a ponte em si não corre o risco de cair”, afirma o secretário.