CÁSSIA LIMA
De acordo com a Universidade Federal do Amapá (Unifap), 707 alunos podem ser desligados da instituição nos próximos 15 dias. O motivo é o abandono das aulas há mais de quatro meses. Um edital de convocação foi lançado para que os alunos expliquem a ausência. Em caso de não comparecimento a vaga fica disponível.
Dos 45 cursos da Unifap, vinte e dois contam com vagas disponíveis. Dentre eles estão o curso de Ciências Sociais (licenciatura e bacharelado), com 88 vagas; Geografia (bacharelado), com 60 vagas; e o curso de História (licenciatura) com 54 vagas. A lista completa de cursos pode ser acessada no site da Unifap.
“Na maioria dos casos são alunos que se evadiram da universidade mesmo. Uns passaram em algum concurso público ou em outras universidades pelo país. Temos quase certeza que pelo menos 600 vagas sejam evasão mesmo, mas vamos confirmar após o prazo legal”, explicou a reitora da Unifap, Eliane Superti.
O edital de convocação de perda de vagas vale para aqueles estudantes que estão quatro semestres consecutivos, ou cinco intercalados, sem ir à universidade. Desde terça-feira, 5, iniciou o prazo legal de 15 dias para os alunos justificarem a interrupção dos compromissos acadêmicos.
“Aqueles alunos problemas de saúde ou qualquer outra situação que o impossibilitou de ir às aulas na Unifap podem apresentar defesa na comissão universitária que avalia o pedido”, destacou a reitora.
Antiguidade
Existem ainda casos de alunos do vestibular de 2004 na Unifap que já ultrapassaram mais de 10 anos e ainda não concluíram os cursos. Nesses casos a comissão dará um prazo de 6 meses pra ele terminar o curso. Caso contrário o aluno é automaticamente expulso da Unifap.
Vestibulinho
Atualmente a Unifap tem 7.650 alunos inscritos nos 45 cursos. Com o cancelamento da vaga daqueles que não justificarem, o Processo Seletivo Simplificado (PSS), conhecido como “Vestibulinho”, será aberto.
O processo abre a oportunidade para as pessoas que estejam cursando faculdades particulares, detentores de diploma de nível superior e estudantes da Unifap que queiram mudar de curso.
“É importante que a universidade tenha todos os seus assentos preenchidos. Quando isso não acontece, significa que nós não estamos devolvendo à sociedade o mesmo quantitativo investido em número de profissionais para o mercado de trabalho”, explicou Superti.