SELES NAFES
As principais unidades básicas de saúde de Macapá amanheceram lotadas nesta sexta-feira, 8, no primeiro dia de vacinação contra o H1N1. No Lélio Silva, no Bairro do Buritizal, Zona Sul de Macapá, pacientes e funcionários usavam máscaras com medo do vírus.
A fila em frente ao Lélio Silva, uma das maiores unidades básicas de saúde da capital, começou a se formar por volta das 6h. E não apenas por moradores do Buritizal.
“Vim do Bairro Santa Rita. Lá a gente não sabe pra onde ir, e eu decidi vir pra cá porque já conheço o posto”, diz a aposentada Maria da Conceição Passos, de 61 anos, que estava na fila com uma máscara.
E não foi só ela. Assim como outros, as policiais militares Cristina e Letícia estavam na fila para serem vacinadas e não se descuidaram das máscaras. As duas estão nos primeiros meses de gestação e preferiram não arriscar.
“O medo maior pras gestantes é o zika, mas temos que nos proteger do H1N1 e de outras doenças nessa fase que é a gravidez”, justifica Letícia Dias, que é cabo da PM.
“Não é necessário. A população está alarmada, principalmente por causa das redes sociais”, comentou o diretor do Pronto Atendimento do Lélio Silva, Emanoel Pantoja Martins.
A UBS recebeu 600 doses da vacina contra o H1N1, mas pela quantidade de pessoas na fila o diretor já sabia de amanhã que elas não seriam suficientes.
“Vamos requisitar mais doses”, adiantou.
Durante o mês de março, o Pronto Atendimento do Lélio Silva, que recebe moradores de pelo menos seis bairros, atendeu mais de 13 mil pessoas, desse total, 60% estavam com complicações respiratórias decorrentes de resfriados e gripe.
A vacinação contra o H1N1 segue até o dia 15 de maio em todas as unidades básicas de saúde da capital. No restante dos municípios o início a vacinação ainda não foi anunciado. Mais de 86 mil pessoas deverão ser imunizadas.