ANDRÉ SILVA
O que um dia já foi a promessa de ser um dos maiores espaços públicos do Norte do país para venda de pescado, quando foi inaugurado em 27 de março de 2013, hoje continua sendo só uma promessa. Pior. A Feira do Pescado, no Bairro Perpétuo Socorro, em Macapá, sofre com a falta de clientes e esvaziamento dos próprios feirantes.
A péssima acessibilidade, estacionamento mal organizado e danificado, e a falta de clientes, são as principais queixas dos próprios feirantes que trabalham no espaço.
São 227 boxes equipados para o manuseio de peixes e outros produtos, apenas metade está sendo usada. E o espaço vazio continua crescendo. Alguns feirantes já deixaram o lugar.
Além de peixe, pode-se encontrar caranguejo, camarão, porco e uma variedade de legumes e verduras. Só faltam a freguesia aparecer.
Há quem acredite que faltam opções de transporte coletivo para que consumidores de outros bairros possem frequentar a feira.
“O único ônibus que passa aqui perto é o Canal do Jandiá, e ainda para um pouco longe. Não adianta ter uma estrutura dessa e ter só um número maior de clientes aos fins de semana”, queixa-se seu João de Jesus, de 63 anos.
Ele já trabalha no espaço desde quando funcionava a antiga estrutura, há quase 26 anos.
“No início esse espaço foi oferecido à colônia de pescadores, mas eles não aceitaram. Aí foi oferecido a nós que já trabalhamos com peixe há muito tempo”, conta seu Abimael de Souza, de 45 anos. Ele é um dos poucos pescadores profissionais que trabalha no espaço.
A Feira do Pescado é de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Amapá (SDR).