No Canal do Jandiá, moradores já estão perdendo a esperança

O Canal do Jandiá reúne todos os tipos de problemas urbanos, e um pouco mais
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CÁSSIA LIMA

Não é novidade moradores de Macapá reclamarem da buraqueira, falta de iluminação e segurança pública. Agora imagine um lugar onde tem tudo isso e mais lixo e alagamentos. Essa é a situação dos moradores do Canal do Jandiá, na Zona Norte de Macapá. A situação é tão antiga que quem mora há mais de 40 anos no local já perdeu a esperança.

A grande reclamação dos moradores do bairro é sobre a Avenida Canal do Jandiá, localizada bem ao lado de onde as águas da chuva deveriam escolar, logo abaixo da Ponte Sérgio Arruda. O local está entupido de mato, buracos, e, em algumas passagens, os moradores fizeram pontes de madeira para caminhar sobre a lama.

Passarela construída por moradores: sem iniciativa do poder público

Passarela construída por moradores: sem iniciativa do poder público

Sem coleta, moradores acabam piorando tudo. Fotos: Cássia Lima

Sem coleta, moradores acabam piorando tudo. Fotos: Cássia Lima

“Já cansamos de encaminhar ofícios à prefeitura e ninguém resolve nada. Só limpam embaixo da ponte. Só nos procuram em período de campanha. Queremos um asfalto digno e mais segurança”, pediu o morador Josenil Santos, que mostrou a ponte que os vizinhos construíram caindo aos pedaços.

Anderson Oliveira, de 40 anos, que mora há 8 anos no local, conta que a avenida não recebe serviço de coleta de lixo semanal, e muitos moradores limpam o próprio canal. Veja o o vídeo.

Além da falta de limpeza, alguns moradores acabam piorando a situação ao criar verdadeiros lixões no local. E quem mora no lugar há mais de 40 anos conta que o espaço nunca teve atenção das autoridades.

“Nunca limparam esse canal todo nos anos que moro aqui. No meio desse mato até bandido se esconde fugindo da polícia. Eu não saio a noite devido à escuridão que a rua fica. Já reclamamos tanto que nem acredito mais que um dia isso mude”, disse dona Dulcelina Mendes, de 86 anos, moradora há 41 anos da margem do canal.

Dulcelina Mendes, de 86 anos, nem acredita mais que a situação vai melhorar um dia

Dulcelina Mendes, de 86 anos, nem acredita mais que a situação vai melhorar um dia

Canal precisa de limpeza

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Seles Nafes
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