OLHO DE BOTO
Uma tentativa de assalto terminou com dois criminosos fazendo sete pessoas reféns no Bairro dos Congós, na Zona Sul de Macapá, na tarde desta quinta-feira, 21. Um dos assaltantes, de 17 anos, foi atingido por um tiro.
O assalto começou no fim da tarde. Os dois homens invadiram o minibox na 7ª Avenida onde estavam um cliente e a família proprietária do estabelecimento.
“Estávamos nos deslocando para trabalhar no Estádio Zerão quando passamos pela 7ª Avenida e vizinhos nos alertaram de que estava havendo um roubo no minibox”, explicou o sargento Sarmento, da equipe de Patrulhamento Tático Motorizado (Patam), do 1º Batalhão da Polícia Militar do Amapá.
Os policiais desembarcaram da viatura no momento em que os dois criminosos estavam deixando o local. Os assaltantes voltaram para dentro do comércio fazendo a família e o cliente reféns. Os policiais começaram a tentar negociar a rendição dos criminosos, mas sem sucesso. Os assaltantes tentaram fugir por trás do estabelecimento, mas o local já estava cercado.
O PMs deram voz de prisão para os criminosos. Um deles, de 17 anos, apontou a arma de fogo para a equipe, mas o tiro falhou. Um dos policiais atirou ferindo o assaltante na perna esquerda. Os dois retornaram para dentro do minibox com o adolescente sangrando bastante.
O pânico aumentou dentro do estabelecimento que ficou muito sujo de sangue. Entre os reféns estava uma criança, filha do comerciante.
Foi nesse momento que chegou uma viatura do Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM) que iniciou uma nova negociação e os dois bandidos se entregaram. O menor foi levado para o Hospital de Emergência de Macapá (HE) onde está internado.
O maior foi identificado como Edielson Amanajás Coelho, de 20 anos. Ele já tinha uma passagem pelo Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) por tráfico de drogas. O menor já teve duas passagens pelo Centro de Internação Provisória (CIP) por assalto.
O comerciante, que abriu o minibox na 7ª Avenida havia apenas três meses, disse que sempre trabalha com as grades trancadas, mas, nesta quinta, como havia muita movimentação no bairro, se sentiu seguro e resolveu trabalhar com as grades abertas. A vítima revelou que no início do assalto pensava que tudo se tratava de uma brincadeira.
“Minha esposa estava no caixa e eu ao lado. Pensei que era brincadeira. Ele chegou encostando a arma na minha barriga. Quando vi que era sério deitei no chão e me chutaram. Depois me fizeram refém com a arma na minha cabeça”, contou a vítima.
“Deus me abençoou, e tudo passou em paz. Parabéns para a polícia que passou na hora certa”, acrescentou.