SELES NAFES
O deputado federal Vinícius Gurgel (PR-AP) disse nesta segunda-feira, 18, ao Site SELESNAFES.COM, que sua abstenção na votação do impeachment foi uma espécie de protesto contra o que vai ocorrer na Presidência com um possível afastamento de Dilma Roussef (PT). O parlamentar disse que deixar o PMDB e Michel Temer comandarem o país será ‘mais do mesmo’.
“O PMDB vem sendo sócio desse condomínio do PT desde que o Lula entrou. Vai ficar mais do mesmo. Na Lava-Jato tem o Eduardo Cunha, que é meu amigo, mas tenho que separar a política da amizade. O Temer não é mudança”, comentou referindo-se à possibilidade de Cunha vir a ser o segundo na linha de sucessão caso Michel Temer seja o novo presidente.
Vinícius Gurgel foi uma das 7 abstenções registradas durante o dia histórico em que a Câmara dos Deputados aprovou o impeachment da presidente Dilma Roussef e encaminhou o processo para o Senado. No total, foram 367 votos e 137 contrários ao impeachment, além de duas faltas.
Na bancada do Amapá votaram a favor do impeachment os deputados Marcos Reátegui (PSD), André Abdon (PP) e Cabuçú (PMDB). Votaram contra o impedimento a Professora Marcivânia (PC do B), Josi Araújo (PTN), Roberto Góes (PDT), e Janete Capiberibe (PSB).
Polêmicas
Este ano, Vinícius Gurgel foi protagonista em dois episódios polêmicos. O primeiro ao chamar de ‘suruba’ uma sessão do Conselho de Ética da Câmara onde está sendo analisado o processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em março, ele declarou ter consumido álcool e calmantes antes de assinar a ficha de renúncia no Conselho Ética, o que teria desfigurado sua assinatura. Ele negou que a letra tremida era uma falsificação como afirmaram dois grafotécnicos contratados jornal Folha de São Paulo.