CÁSSIA LIMA
Uma caravana formada por professores, pais e estudantes das escolas estaduais José do Patrocínio e Benigna Moreira, cobraram de deputados mais infraestrutura e segurança na manhã desta segunda-feira, 30. Segundo os alunos, além de assaltos frequentes, o calor é insuportável dentro das salas de aulas.
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Gabriel Guaetel, aluno da escola José do Patrocínio: “ninguém olha para o nosso problema”. Foto: Cássia Lima
“Nós estudamos em condições desumanas porque o calor é insuportável, principalmente para nós que estudamos à tarde. Ninguém olha para o nosso problema. Não é porque nossa escola fica longe que não merece ser climatizada”, reclamou Gabriel Guaetel, de 18 anos, estudante da escola José do Patrocínio, na Fazendinha.
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Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amapá ouviu as reivindicações dos estudantes na manhã dessa segunda, 30
A escola foi recentemente noticiada na mídia após uma estudante ser encontrada portando arma de fogo na instituição. José do Patrocínio tem 1.500 alunos matriculados no Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Pais e professores reivindicaram mais segurança e iluminação para o entorno do prédio, além da instalação de centrais de ar na escola.
A pauta foi discutida pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amapá, representada pelos deputados Charles Marques e Ericlaudio Alencar. Eles ouviram os representantes e se comprometeram a dar encaminhamento às reivindicações no dia 13 de junho, durante audiência pública promovida pelos deputados para discutir a questão.
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Alyson Lopes, estudante da escola Benigna Moreira: “não tem como prestar atenção no que o professor fala, é um calor horrível”
“Na minha escola tem sete salas sem ar condicionado que parecem mais saunas. Nós assistimos às aulas nos abanando e desse jeito, não tem como prestar atenção no que o professor fala. É um calor horrível”, contou o aluno da escola Benigna Moreira, no Congós, Alyson Lopes, de 16 anos.
A reunião contou com alunos, professores, pais, representantes do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap) e do Policiamento Escolar da Polícia Militar, além dos deputados. A proposta é que um encaminhamento com soluções para as reivindicações seja apresentado na audiência pública.