CÁSSIA LIMA
A direção do Hospital de Emergências (HE) de Macapá afirmou na manhã desta terça-feira, 3, que a superlotação de pacientes é decorrente ao funcionamento deficitário das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os 98 leitos do hospital comportam atualmente 200 pacientes internados. Muitos procuram o local esperando atendimento mais rápido. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) se defendeu dizendo que as unidades básicas do município funcionam normalmente.
Segundo a diretora do HE, Rosália Freitas, a superlotação é ocasionada por encaminhamentos feitos pelas UBS’s, além de a população insistir em pensar que o primeiro atendimento deve ser feito por eles.
“Aparecem aqui pacientes com dores de cabeça, febre, vômito e dores no estômago. Na realidade, o HE é para atender casos de urgência e emergência, mas acaba atendendo situações que os hospitais do município não fazem”, relatou a diretora.
Atualmente, o HE atende uma média de 300 pacientes diários, cerca de 200 são pacientes clínicos. Os outros 100 dão entrada no hospital vítimas de acidentes no trânsito, acidentes domésticos e brigas. No período de janeiro a março de 2016 mais de 30 mil atendimentos foram realizados.
“A população deve procurar como primeiro atendimento clínico as UBS’s. Tem gente que vem aqui sem nem ir ao posto perto de casa porque não quer esperar. Isso faz com quem tem urgência no atendimento acabe esperando. Procure o hospital próximo da sua casa, já que o Hospital de Emergências tem como principal objetivo atender pacientes que correm risco de morte”, orientou a diretora.
A prefeitura informou que as UBS’s estão com funcionamento normal e ainda há as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas disponíveis. Todas estão equipadas com remédios básicos, profissionais e serviços essenciais.