DA REDAÇÃO
Policiais do Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado do Amapá (BRPM) prenderam um homem acusado de se passar por guru espiritual para convencer seus clientes a fazer doações significativas de dinheiro. Em alguns casos, ele administrava até os cartões de crédito das vítimas que acreditavam em suas ‘orientações espirituais’.
A prisão ocorreu em uma casa no Bairro Central de Macapá no momento em que ele recebia mais dinheiro de uma das vítimas.
“Tudo começou com uma abordagem a uma das vítimas em frente a uma farmácia da capital, onde ele disse que era capaz de curas espirituais, mas que precisava de dinheiro para isso. A partir daí ele conseguiu convencer a primeira vítima, desde que ela pagasse determinados valores”, relatou o comandante do BRPM, tenente-coronel Paulo Matias.
A vítima teria sido orientada a convencer outras amigas a procurar os ‘serviços espirituais’ do acusado, sempre em troca de bastante dinheiro. A relação de confiança cresceu ao ponto de as vítimas emprestarem seus cartões de crédito para que ele pudesse comprar aparelhos de som, televisores, freezers, geladeira e outros produtos, sempre com a ajuda de outras pessoas que participavam dos golpes. Chegaram até a comprar um carro.
“Ontem (segunda, 23), parentes que já suspeitavam que seria um golpe acionaram a Polícia Militar e conseguimos dar um flagrante na casa de uma das vítimas pegando dinheiro. A partir daí foi desbaratada o restante da quadrilha”, explicou o comandante.
Quatro acusados, entre eles Manoel de Jesus Cardoso, acusado de ser o falso guru, foram apresentados no Ciosp do Pacoval por estelionato e associação criminosa. Todos serão encaminhados para uma audiência de custódia, onde o juiz vai decidir se eles responderão aos processos presos ou em liberdade.
Até agora quatro vítimas foram identificadas, entre elas uma idosa de 82 anos. A PM acredita que outras pessoas pode ser sofrido golpes no Amapá ou em outros estados. A polícia também não sabe se Manoel é o verdadeiro nome do acusado, porque ele estava sem os documentos.
O BRPM precisou de um caminhão para apreender todos os aparelhos comprados pela quadrilha com os cartões de crédito das vítimas. Um taxista foi conduzido para o Ciosp suspeito de transportar os criminosos durante os golpes.