Pais de alunos do Pequeno Príncipe propõem que prédio seja alugado

Pais cobram da Semed um novo espaço para que os alunos possam retornar os estudos
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CÁSSIA LIMA

Pais e professores estão indignados com o atraso na reforma da Escola Jardim de Infância O Pequeno Príncipe, localizada no Centro da cidade, uma das escolas mais tradicionais da capital. A demora na entrega está deixando 430 alunos sem aulas.

Gleice Sousa, mãe de aulo: não queremos desculpas

Gleice Sousa, mãe de aulo: não aceitamos mais desculpas. Fotos: Cássia Lima

“Várias vezes já marcaram a volta às aulas e nada. Hoje meu filho acordou cedo e quando chegamos aqui, fomos avisados de que não teria aula. A gente entende os professores, a escola, mas não aceitamos mais desculpas. Queremos soluções e não palavras de consolo e falta de previsão”, reclamou Gleice Sousa, de 28 anos, mãe de um aluno da escola.

Salas estão sem iluminação

Salas de aula estão sem iluminação

O Pequeno Príncipe está em reforma desde novembro do ano passado. Quase sete meses depois do início das obras, o Jardim de Infância não tem luminárias, centrais de ar, lajotas, descarga nos banheiros, água nas torneiras, pintura e instalação da fiação elétrica.

Katia Cristine, mãe de aluno:

Katia Cristine, mãe de aluno: queremos que a prefeitura alugue um espaço para os alunos terem aula

“Queremos que, enquanto a escola esteja em obras, a prefeitura alugue um espaço para que os alunos possam estudar. Já são cinco meses de atraso nas aulas”, destacou Katia Cristiane, de 34 anos, veio com o filho no Bairro do Zerão.

escoval está sem lajotas, água e pintura

Prédio está sem lajotas, água e pintura

Segundo o secretário adjunto de Educação, Mauro Branch, o atraso nos serviços é ocasionado pela falta de compromisso e cumprimento de prazos da empresa Braz, responsável pela obra. De acordo com Branch, o pagamento da empresa está em dia.

Mauro Branch, secretário adjunto da Semed:

Mauro Branch, secretário adjunto da Semed: empresa não cumpriu com os prazos

“Já notificamos a empresa que, mais uma vez, descumpriu o acordo. Vamos levar o caso para a Procuradoria do Município para judicializar essa questão. Os alunos não podem perder aula e ficar sem previsão. Pedimos desculpas aos pais e estamos fazendo o possível para resolver isso”, frisou o secretário adjunto.

Já Venilton Santos, sócio da empresa Braz, rebate as acusações. Ele diz que a empresa é responsável pela manutenção das escolas municipais, mas aceitou a reforma com um aditivo de R$ 150 mil no contrato. No entanto, a prefeitura não cumpriu com o acordo.

Venilton Santos

Venilton Santos, sócio da empresa Braz: prefeitura não cumpriu com acordo

“Começamos essa reforma e esperávamos o repasse combinado para terça-feira passada, para dar tempo do término e os alunos voltarem a estudar. Mas só recebemos ontem, apenas R$ 60 mil. Fomos notificados e da mesma forma, alegamos a verdade e incoerência nas informações da prefeitura”, esclareceu Santos.

Mesmo com a manifestação dos pais e polêmica nas informações, a Semed ainda não tem um prazo para a entrega da obra e nem uma solução imediata para os alunos retornarem às aulas.

Seles Nafes
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