CÁSSIA LIMA
Cerca de 50 vigilantes da empresa Vigex fecharam a Avenida Fab, entre as ruas Odilardo Silva e General Rondon, na manhã desta sexta-feira, 20, em frente a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Os trabalhadores iniciaram greve por tempo indeterminado em protesto pelos seis meses de salários atrasados. A categoria alega que outros direitos também não estão sendo cumpridos.
De acordo com o Sindicato dos Empregados de Empresas de Vigilância e Similares do Estado do Amapá (Sindiviap), os vigilantes que prestam serviços a Companhia de Água e Esgoto (Caesa), Assembleia Legislativa, Secretaria de Saúde e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que é um órgão federal, estão com salários atrasados, sem décimo terceiro, verbas rescisórias, além de férias vencidas.
“Colocamos todas as pautas na reunião com a Sesa, na semana passada, e ficou decidido que a secretaria pagaria os servidores, mas até a presente data só recebemos o salário de um mês. É um descaso total com os vigilantes”, disse Dinasse Siqueira, vigilante.
Durante a manhã, os trabalhadores tentaram uma reunião com a secretária de saúde, Renilda Costa, mas foram informados de que ela não poderia receber. O movimento continuou até às 13h. Os grevistas prometeram retornar o movimento na próxima semana.
O vigilante Alex Cristiano é funcionário da Vigex e presta serviços na Caesa. Ele conta que está sem receber desde dezembro, e até tomou conhecimento do repasse do pagamento de um mês, mas não recebeu nada da empresa.
“A empresa fala que a culpa é da Sesa, mas a secretaria diz que pagou. Por ficar nesse disse e me disse, resolvemos aderir à greve porque a situação está insustentável. Eu não recebo desde dezembro”, reclamou.
Os vigilantes da empresa que trabalham na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) estão com dois meses de atraso no pagamento e verbas rescisórias. Os trabalhadores da ICMbio estão com quatro meses sem receber, e os da Sesa alegam que nem receberam décimo terceiro.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado informou que o atraso no pagamento ocorre por motivos judiciais, já que a empresa presta serviços por conta de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).
Um estudo de suplementação orçamentária, feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), promete realizar o pagamento de mais um mês na próxima semana. Os meses seguintes também passariam pela mesma análise.