DA REDAÇÃO
Nas últimas duas semanas já foram realizadas mais de 60 festas juninas em escolas, apenas no perímetro que compreende Pacoval, área central de Macapá até o Marabaixo, na Zona Oeste, regiões de atuação do Policiamento Escolar do 6º Batalhão da PM. As apreensões de armas brancas entre alunos dessas escolas têm sido comuns e preocupam a corporação, que não dispõe de policiais suficientes para cobrir todas as festas.
Das 60 realizadas nas últimas duas semanas nesse perímetro, apenas em 22 os policiais conseguiram atuar. Em dois sábados consecutivos foram apreendidas 5 facas, um terçado e um simulacro de arma de fogo em três escolas: Deusolina Sales Farias, no Pacoval; Barão do Rio Branco, no Centro; e Mário Andreazza, no Perpétuo Socorro.
O principal problema é a falta de controle e fiscalização nos portões de entrada das escolas.
“A direção das escolas precisa colocar servidores para revistar as mochilas e sacolas. Tivemos algumas festas grandes como uma que ocorreu no Tiradentes, por exemplo. Lá era feita a revista prévia nos alunos. Não entrou bebida alcoólica e nenhuma arma”, comentou o tenente Marcelo Moraes, comandante do Policiamento Escolar.
Outro problema é o tempo perdido com a burocracia necessária para apresentar os acusados nas delegacias. A demora no preenchimento de toda a papelada e outros trâmites impede que a fiscalização continue em outras festas.
“Quando a gente termina se fazer a apresentação na delegacia a maioria das festas já terminou”, frisou o oficial.
E vem mais preocupação por aí. No próximo dia 30 estão marcadas mais de 30 festas juninas em escolas públicas. Os policiais terão de se desdobrar mais do que já fazem.