CÁSSIA LIMA
Com o pátio lotado de motos e carros apreendidos em transporte clandestino, a Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac) busca apoio da Secretaria de Estado de Transporte (Setrap) e Polícia Militar para combater os condutores que insistem em burlar a legalidade. Segundo a companhia municipal, o número de agentes é muito baixo.
Atualmente, a CTMac possui uma equipe de apenas 20 pessoas que se revezam na fiscalização volante na capital. A companhia conta com apoio de guardas municipais nas abordagens, mas, ainda assim, apenas uma equipe trabalha diariamente para uma demanda estimada em quase 500 clandestinos, entre carros e motos.
“Nós gostaríamos que o Estado entrasse na fiscalização conosco dando apoio com a PM e Setrap. Assim poderíamos aumentar as equipes e concentrar as fiscalizações em pontos como estradas estaduais, rodovias e na própria rodoviária, onde é grande o número de carros clandestinos que fazem transporte de passageiros para o interior”, destacou a presidente da CTMac, Cristina Baddini.
Na última sexta-feira, 3, mototaxistas reuniram com vereadores na Câmara Municipal pedindo providências. Segundo a classe, que possui 2 mil legalizados, é necessário mais fiscalização e atenção da população.
“Eu vejo muitos clandestinos todos os dias. E sei que eles pegam nossos passageiros. É preciso que a CTMac fiscalize mais, mas é preciso também que as pessoas fiquem atentas. Tem clandestino que rouba, mata e até estupra mulheres”, disse o mototaxista João Pereira, de 32 anos.
Durante a reunião ficou definido que os vereadores encaminhariam solicitação ao governo para aumentar o número de pessoal envolvido nas fiscalizações, e que a multa para o transporte clandestino, que hoje é de R$ 1.053, fosse revista e aumentada.
“Enquanto encaminhamos essas propostas, é importante a população ficar atenta. Só usem mototáxi legal, que possua placa vermelha e o colete do Denatran. Denúncias podem ser feitas para a polícia. Nossas equipes estão na rua fiscalizando”, destacou Baddini.