CÁSSIA LIMA
A greve dos rodoviários iniciou com pouca adesão de sindicalizados na manhã dessa quarta, 15, na Praça da Bandeira, Centro de Macapá. A categoria chegou a ocupar a Avenida FAB e parte do trânsito foi interditado, mas foi liberado próximo das 12h. Os rodoviários reivindicam aumento salarial e reajuste inflacionário. Maioria dos coletivos não saíram das garagens das empresas de transporte.
Os rodoviários ocuparam a Praça da Bandeira e estavam parando os ônibus que transitavam na Avenida FAB. Passageiros estavam sendo obrigados a continuar seu trajeto a pé, o que gerou tumultos. A Polícia Militar foi chamada e a FAB interditada. Para evitar transtornos com passageiros, os ônibus mudaram de rota, passando pelas avenidas Presidente Vargas e Ernestino Borges.
“Muitos motoristas e cobradores não concordam com essa greve. Tem gente ameaçando furar os pneus dos veículos por retaliação. Queremos o nosso reajuste, mas não dessa forma que está sendo conduzido”, criticou um motorista que preferiu não se identificar.
A primeira proposta dos rodoviários ao Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá (Setap) pedia 20% de reajuste salarial, R$800 de cesta básica, diminuição da carga horária de 7 para 6 horas, mais auxílio refeição e plano de saúde.
“Nós fizemos as propostas, esperamos mais de 30 dias e nada. Quando o Setap veio com uma contraproposta foi frustrante. Mas mesmo assim, não conseguimos avançar no diálogo. Não podemos fechar o acordo com um percentual abaixo da inflação. É chamando a PM que eles querem resolver isso”, defendeu Aldo Brito, secretário do Sindicato dos Rodoviários.
O sindicato afirmou que 70% da frota foi paralisada. A situação agravou cedo e algumas paradas ficaram vazias. Mas logo a situação voltou ao normal. Os grevistas prometem continuar o movimento nos próximos dias.
O Setap afirmou, por meio de nota, “que 100% da frota urbana e interurbana está circulando normalmente”. Ainda foi divulgado que os rodoviários “em reunião nas garagens, decidiram recuar do movimento grevista e trabalhar com toda a frota”. Não houve mais informações sobre a negociação salarial.