SELES NAFES
É notória a habilidade da família Pereira para os negócios no mais diversos segmentos da economia. Mas, nas últimas três décadas, ela ficou longe da política, desde que o vereador Júlio Pereira morreu, em 1994, acometido por uma malária.
Agora, a filha caçula dele, a empresária e advogada Juliane Pereira, surge como nova representante da família e do meio empresarial no cenário político, e com boas chances de conseguir mandato de vereadora nessas eleições.
Aos 34 anos, ‘July’, como é chamada pelos amigos e parentes, é filiada ao PDT, partido que governa o Estado, e faz parte de um grupo dentro da legenda que reúne as mulheres, algumas bem experientes na vida pública.
Depois de passar pela Procuradoria (PGE) e Defensoria Pública do Estado (Defenap), Juliane vinha se dedicando à presidência do Jornal do Dia, o primeiro jornal de circulação diária do Amapá, fundado, inclusive, pelo pai, Júlio Pereira.
No ano passado, depois que a família decidiu que era a hora de voltar à política, a empresária se filiou ao PDT convidada pelo governador.
“Me senti muito honrada porque meu pai fundou o PDT. Quando ele morreu estava no PMDB, mas a história política dele foi toda no PDT. Não dá pra lembrar dele de outra forma”, resume ela.
Juliane já tem uma bandeira que pretende defender na campanha eleitoral, a do empreendedorismo, especialmente para as mulheres.
“A gente tem várias propostas, mas os principais focos são a defesa dos direitos das mulheres, movimentos sociais e estímulo às parcerias público/privadas. Não poderia negar as minhas origens”, explica Juliane Pereira.
A empresária se afastou do JD para se dedicar integralmente à campanha.
“Até por uma questão ética”, justifica ela.