TON COSTA
Alunos da Escola Estadual Tiradentes, localizada no bairro Santa Rita, temem o pior. É que a rede elétrica do colégio está em péssimas condições e os curtos-circuitos são frequentes. Centrais de ar pegam fogo e lâmpadas estouram devido aos picos de energia e fiação velha, relatam os estudantes.
Preocupados com a situação, o Conselho de Estudantes da escola solicitou um laudo do Corpo de Bombeiros. De acordo com o documento, foram detectados inúmeros problemas. O quadro de distribuição de energia estava sem proteção, havia vazão e fuga de corrente elétrica em diversas paredes de salas de aula, telhas de zinco da cobertura da quadra poliesportiva estavam soltas, além de fios elétricos desencapados.
O laudo foi emitido em 25 de maio de 2015, e, segundo os estudantes, até agora nada foi resolvido.
“O documento foi encaminhado para a direção da escola e também para a Secretaria de Educação do Estado (Seed), mas não vemos nenhuma melhoria nos problemas apontados no documento. Tememos pelas nossas vidas”, comentou um estudante que preferiu não ser identificado.
A escola Tiradentes é uma das mais tradicionais instituições públicas de ensino de Macapá, criada na década de 1970. De acordo com funcionários do colégio, a rede elétrica é a mesma desde sua inauguração, passando apenas por alguns reparos.
O laudo recomendou que fosse feito o reparo em toda a rede elétrica da escola e a instalação de extintores de incêndio e iluminação de emergência nos corredores. Foi solicitado também que as fiações elétricas expostas fossem isoladas.
Ainda segundo o laudo, o problema mais grave diz respeito ao material usado no isolamento acústico do auditório, apontado pelos Bombeiros como de fácil combustão.
“Vamos protocolar um documento no Ministério Público do Estado pedindo para que nos ajude a resolver esses problemas. Viemos para estudar e não para enfrentar algum sinistro, que por acaso venha acontecer. Se for preciso, vamos parar as aulas”, comentou outro estudante.
A direção do colégio reconhece os problemas estruturais e disse que está trabalhando para que tudo seja resolvido o mais breve possível.
“Temos conhecimento dos problemas, mas dependemos da Seed. A quadra poliesportiva e o auditório estão interditados, e já começamos os serviços de reparo nesses espaços”, ressaltou a diretora da escola, Dilciclei Ferreira.