Profissionais do HE dizem que criança morreu por falta de soro antiofídico

Sesa nega que o produto esteja em falta, apesar de reconhecer que os estoques estão baixos
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DA REDAÇÃO

Uma criança de apenas 9 anos morreu no início da madrugada desta sexta-feira, 10,  no Hospital de Emergência de Macapá (HE), supostamente por não haver soro antiofídico na unidade. A afirmação é de enfermeiros do hospital.

“O produto só existia no estoque do Hospital de Santana, mas não havia carro para levá-lo até a capital”, disse um enfermeiro.

A criança foi picada por cobra no município de Chaves, no Pará, e teria dado entrada no HE por volta das 19 horas da quinta-feira. O falecimento teria ocorrido por volta de uma da manhã desta sexta-feira, 10.

Segundo informações da assessoria de comunicação do hospital, a criança já estava em estado muito grave quando chegou. A Secretaria de Saúde (Sesa) negou que não exista soro antiofídico no estoque do HE, reafirmando que o estado da criança já era muito grave devido a distância de Chaves até Macapá. Ela foi medicada assim que deu entrada no pronto atendimento, mas o veneno já havia se alastrado.

O soro antiofídico é utilizado no combate de picadas de cobra. Cada espécie tem o soro correto a ser usado. Este ano, a Sesa recebeu o quantitativo de soro muito abaixo do esperado, pois o Ministério da Saúde, segundo informações da própria secretaria, teria reduzido o repasse para os estados.

De acordo com a assessoria, a secretária de Saúde do Amapá, Renilda Costa, teria protocolado pessoalmente um requerimento no próprio MS solicitando o aumento das doses.

Seles Nafes
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