ANDRÉ SILVA
A Ponte Sérgio Arruda não corre risco de cair. É o que garantiu a Secretaria Municipal de Obras (Semob), na tarde desta terça-feira, 14. O secretário da pasta, Emilio Escobar, disse que o problema não está na ponte em si, mas nas rampas que dão acesso a ela. E serão elas que passarão por reforma.
O secretário explicou que as placas de concreto que formam uma espécie de caixa, que compõem cada rampa, começaram a se movimentar. A esse movimento ele chama de cinemática, que é o movimento desordenado dessas placas.
“Nesse movimento criou-se espaços entre uma e outra peça. E pelos espaços que foram abrindo, parte do material começou a escapar. Essas rampas de acesso são cheias de aterro”, explicou o secretário.
O interior dos acessos da ponte são preenchidos com aterro e esse aterro é que vem cedendo. Emílio Escobar fez parte da equipe de construção da ponte na época. Ele conta que o aterro que fica dentro das rampas foi bem compactado. O secretário foi o engenheiro responsável pela ponte, mas deixa claro que as rampas de acesso não foram de sua responsabilidade.
“Nós não temos nenhum problema na ponte. É uma ponte de concreto protegido, de alta durabilidade. O problema está nas placas”, argumenta.
O secretário considera que “ao que tudo indica e pela minha experiência, o problema está no solo que é muito falso”, ponderou.
Para solucionar o problema, a prefeitura convocou o engenheiro Nagibe Charone do Pará, especializado em estruturas. Nagibe vai preparar um laudo sobre o problema e apontar soluções.
Entre as medidas a serem tomadas será a de amarrar as placas de concreto, para que elas não se desloquem de forma desordenada. Elas serão grampeadas com ferro e receberão uma porção de cimento expansivo nos vãos que se formaram por conta da movimentação, assim ficarão estáticas e unidas.
O custo dessa etapa, o grampeamento das placas, será de R$ 15 mil. Futuramente as rampas serão abertas e mais aterro será jogando dentro das estruturas. Escobar descarta a possibilidade da construção de uma nova ponte.
“Seria loucura. A melhor solução é essa que foi apontada por Nagibe”, finaliza.