CÁSSIA LIMA
O atraso de mais de um ano da entrega das obras do Trapiche Eliezer Levy, na orla de Macapá, chamou atenção dos vereadores da capital. Na manhã dessa terça-feira, 7, o presidente da Câmara de Macapá, Acácio Favacho (PROS), cobrou da Secretaria de Turismo do Amapá (Setur), informações sobre a entrega do ponto turístico. Atualmente as obras estão paradas e muito lixo é encontrado no local.
A solicitação do presidente Acácio busca informações quanto à ativação e disponibilidade do acesso público ao Trapiche Eliezer Levy, bem como a utilização dos espaços comerciais na estrutura, que antes eram utilizados por uma sorveteria e um restaurante.
“O Trapiche é uma referência no turismo local. Além das visitas, o espaço proporciona renda para os bares da orla. Meu gabinete recebeu diversas reclamações e procuramos a Setur para dar explicações. Essa obra tinha o prazo de conclusão de três meses e já vai fazer um ano”, destacou o vereador.
Atualmente, quem vai ao ponto turístico encontra um tapume impedindo a passagem para a ponte. Na entrada, se vê sacos de lixo, o tradicional Bondinho parado e com a estrutura entregue as traças. O banheiro do local está repleto de material de obras.
Segundo indicação do gabinete da presidência da Câmara de Vereadores, a secretária de turismo, Syntia Lamarão, tem o prazo de 20 dias para explicar, via ofício, o motivo de a obra estar parada, e não cumprir o prazo estabelecido para ser entregue à população.
“Nós vamos aguardar a resposta da secretária, mas já adianto que os vereadores irão fazer inspeção no local e procurar solucionar esse impasse o mais rápido possível. A população precisa e quer essa resposta”, ressaltou Acácio.
A estrutura está 80% pronta. A obra conta com duas torres de 30 metros, que segundo a Setur, servirão para a instalação de rede wi-fi e link de televisão, além de serem usadas como haste para as bandeiras do Amapá e do Brasil. A última reforma no espaço foi em 2010.
O Trapiche Eliezer Levy começou a ser construído em 1936, pelo então prefeito Eliezer Levy. Porém, só foi inaugurado em 1945, quando o prefeito estava no seu segundo mandato. O projeto de construção previa que o píer, com 472 metros de comprimento, fosse usado como ponto de chegada e saída das embarcações da cidade.
O site SELESNAFES.COM entrou em contato com a assessoria de comunicação da Setur para dar explicações sobre o atraso na entrega. Porém, não recebeu respostas até a conclusão da reportagem.