DA REDAÇÃO
O casal Adenilton Pelaes e Elane Morais teve a vida devastada com a morte da filha Sophie Morais Pelaes, de um ano e dois meses. A criança foi internada no dia 7 de junho no Hospital São Camilo, em Macapá, e veio a falecer três dias depois. Segundo os pais da criança, uma superdose de um medicamento teria causado uma parada cardíaca na menina.
De acordo com Adenilton, Sophie foi internada após ser diagnosticada com pneumonia. Ao receber a suposta superdose do medicamento Solu-medrol, a criança teve uma parada cardíaca. Uma sucessão de erros teria agravado o estado da menina.
“Eles levaram mais de três minutos para prestar atendimento a minha filha. Alguns equipamentos não funcionavam. Só com a chegada de um segundo médico foi que resolveram iniciar os procedimentos para reanimá-la. Ela conseguiu retornar, mas ficou em coma”, comentou Adenilton.
Em coma, a menina teve de ser transferida para o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), já que o Hospital São Camilo não conta com UTI infantil. No HCA, Sophie resistiu por três dias. Os pais dizem que em nenhum momento receberam qualquer informação a respeito do que, de fato, aconteceu com filha.
“No dia 10 vai fazer um mês da morte da minha filha e estamos esperando até agora o Hospital São Camilo falar o que aconteceu. Transferiram ela para o Hospital da Criança e desde então não deram nenhum tipo de assistência para nós. Um total descaso”, falou Adenilton, indignado.
Sophie morreu de falência múltipla dos órgãos. A Delegacia de Investigação de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Derca) investiga o caso.
No sábado, 9, data de um mês de seu falecimento, os pais da menina vão fazer um manifesto público na cidade. A concentração será em frente a igreja Nossa Senhora de Fátima, a partir das 16h. Em caminhada, irão até o Hospital São Camilo e retornarão ao ponto de concentração. A ideia é fazer com outras vítimas de erros se juntem ao movimento.
“Será um momento de cobrar das autoridades que olhem com mais atenção à saúde pública do nosso Estado. E também, de pressionar os gestores do Hospital São Camilo em criar um UTI infantil para que outra crianças não sejam vítimas como foi a minha filha”, finalizou.
O Hospital São Camilo foi procurado pela equipe de reportagem do site SELESNAFES.COM, mas preferiu não se pronunciar sobre o caso.