Construção de creche está atrasada há quase 1 ano

Creche era para ter sido entregue em setembro de 2015. Outras nove ainda não tiveram as obras iniciadas
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CÁSSIA LIMA

Era para ser uma creche modelo de Macapá, mas as obras da ‘Creche Tia Chiquinha’, localizada no Cuba de Asfalto, Zona Sul de Macapá, estão caminhando a passos de tartaruga. A construção deveria ter sido entregue há 10 meses, mas só há dois teve os trabalhos retomados.

A Creche Tia Chiquinha é a primeira de uma série de 10 que ficariam prontas em 2015, segundo a prefeitura de Macapá. A construção orçada em R$ 1.8 milhão terá capacidade para 240 crianças. A obra iniciada em março do ano passado tinha previsão de entrega para setembro do mesmo ano.

Socorro Moreira

Socorro Moreira, técnica de gestão escolar: “sei como faz falta uma creche pra comunidade”. Fotos: Cássia Lima

“Isso estava completamente abandonado. Não havia ninguém. Mas nos últimos dois meses a obra começou a andar. Acho que é por causa do período eleitoral. Moro aqui perto e sei como faz falta uma creche pra comunidade”, destacou a técnica de gestão escolar, Socorro Moreira, de 53 anos.

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Creche era para ter sido entregue em setembro de 2015

A creche deverá atender crianças de 1 a 5 anos dos bairros Buritizal, Novo Buritizal, Nova Esperança, Congós e também os moradores do conjunto habitacional Açucena, que está sendo erguido em frente às obras da creche. O nome é em homenagem à descendente de escravos e precursora do marabaixo no Estado, Francisca Ramos dos Santos, a “Tia Chiquinha”.

Creche vai atender pelo menos 5 bairros da Zona Sul de Macapá

Creche vai atender pelo menos quatro bairros da Zona Sul de Macapá

O projeto, aprovado nos padrões de acessibilidade do Ministério da Educação (MEC), ainda prevê a construção de um fraldário, praça de alimentação, salas administrativas, 9 salas de estudos, quadra poliesportiva e playground. Mas hoje o que se vê são apenas cinco funcionários e a estrutura física parcialmente levantada.

Geisiane Souza Reis, Fotos: Cássia Lima

Geisiane Souza Reis, dona de casa: “quando a obra começou, eu até criei esperança”

“Eu gostaria de fazer um curso técnico e trabalhar, mas não posso porque não tenho com quem deixar meus três filhos. Quando a obra começou, eu até criei esperança de trabalho, mas depois de tanto tempo nem sei se vai sair”, argumentou Geisiane Souza Reis, de 30 anos e mãe de crianças de 5, 2 e 1 ano de idade.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação de Macapá (Semed), existe um déficit de pelo menos 20 mil vagas para creches na capital. A expectativa era de que com as 10 creches, esse déficit diminuísse 30% ao ano.

Seles Nafes
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