DA REDAÇÃO
A diminuição da receita e o agravamento da crise financeira foram apontados pelo Governo do Estado como os vilões no atraso do adiantamento da primeira parcela do 13° salário dos servidores do Amapá. O anúncio foi feito pelo governador Waldez Góes no final da tarde desta quarta-feira, 13, à Frente dos Servidores do Estado que reuniu 34 sindicatos.
O agravamento da crise resultou em 2015, na redução da receita em R$275 milhões e nos seis primeiros meses de 2016 já atingiu os R$ 308 milhões.
“Aguardamos os repasses federais do 1º decêndio do mês de julho. Mas até o dia 12 o déficit das despesas obrigatórias atingiu os R$25 milhões”, relatou o secretário da Fazenda, Josenildo Abrantes.
Desde abril, o fórum permanente tem mantido um diálogo entre os Poderes e os representantes das categorias.
“Não é uma situação fácil de administrar, mas, nossa equipe está totalmente dedicada para reverter este cenário”, avaliou o governador Waldez Góes.
A decisão não agradou a União Sindical. Os presidentes dos sindicatos e associações de servidores públicos e militares emitiram uma carta de repúdio. O documento convoca os servidores para um ato público no dia 19, na Praça da Bandeira.
“Não aceitamos essa decisão e exigimos o pagamento desses valores, pois isso acarretará em prejuízos financeiros irreparáveis às famílias dos servidores e a sociedade amapaense”, ressalta o documento.
O recebimento de créditos de mais de R$ 300 milhões que a Petrobras deve ao Estado é uma alternativa estudada pelo governo. O vice-governador Papaléo Paes, e o senador Davi Alcolumbre, estiveram em Brasília reunindo com o presidente em exercício Michel Temer, para tratar da negociação com a Petrobras.
Não há previsão para o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores.